Os números não mentem: os ETFs de Bitcoin à vista aprovados em janeiro têm sido muito populares. Dados da Farside Investors mostram que as entradas líquidas totais para esses ETFs agora atingiram US$ 20,2 bilhões. E isso ainda contabiliza os US$ 20 bilhões que fugiram do fundo da Grayscale.
No mundo dos ETFs, os fluxos são a quantidade de dinheiro que entra e sai de um produto. Eles são uma boa medida de quão bem um fundo está se saindo, pois mostram o quão ativo o veículo é.
Os investidores colocaram bilhões de dólares nos fundos, mas também sacaram bilhões do GBTC da Grayscale. Seu produto de investimento operava anteriormente como um fundo fechado, dificultando o resgate de ações pelos investidores. Sua conversão em janeiro levou a uma enxurrada de capital para fora do produto, pois os investidores buscavam ETFs mais baratos ou sacavam seus ganhos.
Mas os clientes da Grayscale parecem ter terminado de sacar seus recursos, e o dinheiro está entrando rapidamente nos ETFs de Bitcoin de outros emissores novamente — principalmente nesta semana, com quase US$ 2 bilhões em entradas já.
Dos dez ETFs atualmente negociados, o iShares Bitcoin Trust, da gigante de Wall Street, BlackRock, recebeu a maior parte dos aportes, com mais de US$ 22,4 bilhões, mostram os números da Farside.
O analista de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas, escreveu no X (antigo Twitter) que os ETFs de ouro levaram cinco anos para atingir os mesmos fluxos gerais que os ETFs de Bitcoin atingiram em 10 meses.
ETFs de Bitcoin
Os ETFs permitem que os investidores comprem ações que acompanham o preço de um ativo subjacente, que pode ser qualquer coisa, desde ouro e moedas estrangeiras até Bitcoin e ações de tecnologia.
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) deu sinal verde para dez fundos negociados em bolsa de Bitcoin em janeiro, após uma década de negações.
Uma enxurrada de capital entrou rapidamente no espaço após a aprovação dos produtos, pois investidores e instituições antes cautelosos sobre a compra de criptomoedas puderam fazê-lo por meio de contas de corretagem; grandes gestores de ativos como BlackRock, Grayscale e Fidelity cuidam da custódia e da compra e venda das moedas.
Os especuladores então desaceleraram os aportes nos produtos quando ficou incerto o que o Federal Reserve faria em relação às taxas de juros historicamente altas. Mas após a decisão do banco central de cortar no mês passado, os investidores ganharam novamente um apetite por ativos de “risco” como o Bitcoin.
O preço do Bitcoin está atualmente em US$ 67.882, de acordo com a CoinGecko, após ter subido quase 11% em sete dias. Apenas dois meses após os ETFs de Bitcoin terem sido aprovados, a maior cripto do mundo atingiu uma nova alta histórica de US$ 73.737.
Anteriormente, Balchunas disse ao Decrypt que o Bitcoin, que teve sua cota de altos e baixos neste ano, teria tido dificuldades para manter seu valor se não fosse pelos novos veículos de investimento negociados nas bolsas de valores americanas.
*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
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