ETFs de Bitcoin já controlam mais de 200 mil BTC em menos de um mês

ETFs de Bitcoin possuem hoje quase 1% de toda a oferta de BTC, de 21 milhões de ativos
Imagem da matéria: ETFs de Bitcoin já controlam mais de 200 mil BTC em menos de um mês

Foto: Shutterstock

Próximos de completar um mês de operação, nove dos dez ETFs de Bitcoin à vista já possuem, juntos, mais de 200 mil bitcoins sob gestão.

Segundo dados da K33 Research, que exclui o fundo convertido da Grayscale, os nove fundos negociados em bolsa (ETFs) já acumularam 203.811 BTC, o que equivale a US$ 9,5 bilhões considerando o fechamento do mercado de quinta-feira (8). O valor significa que esses fundos agora controlam quase 1% de todo o fornecimento total de Bitcoin, de 21 milhões de ativos.

Publicidade

Essa acumulação também supera o que é detido pela empresa de software MicroStrategy (190 mil BTC), mais de três vezes os 66 mil BTC que a Tether possui e mais que todos os mineradores públicos de bitcoin do mundo, juntos.

O maior deles é o ETF IBIT, da BlackRock, que já possui 80 mil bitcoins (US$ 3,7 bilhões) sob gestão, segundo dados da BitMEX Research, o que recentemente o colocou como o quinto maior ETF do mundo em captação no ano.

Em seguida aparece o fundo FBTC, da Fidelity, com 68 mil BTC (US$ 3,2 bilhões), seguido já de mais longe pelos ARKB, da ARK, e BITB, da Bitwise, com 18,2 mil e 17 mil bitcoins, respectivamente.

As captações dos ETFs da BlackRock e Fidelity levam ambos para a liderança do ranking de histórico de ETFs quando comparados dados um mês após o lançamento, segundo dados de Eric Balchunas, analista de ETF da Bloomberg.

Publicidade

“Aqui estão os 25 principais ETFs por ativos após um mês no mercado (de um total de 5.535 lançamentos em 30 anos). IBIT e FBTC formam uma liga própria com mais de US$ 3 bilhões cada e ainda têm dois dias pela frente. ARKB e BITB também entraram na lista”, disse Balchunas na quinta-feira.

Além disso, dados do The Block mostram que o IBIT, da BlackRock, ultrapassou o fundo da Grayscale em volume de negócios na quinta, gerando US$ 481,6 milhões, em comparação com US$ 373,9 milhões do GBTC. O FBTC da Fidelity ficou em terceiro lugar, com US$ 246,6 milhões em volume de negócios ontem.

“Normalmente, leva de 5 a 10 anos para um [ETF] recém-nascido chegar perto de derrubar o(s) rei(s) de liquidez de uma categoria. O IBIT fez isso em menos de um mês – negociando mais do que o GBTC e o BITO hoje”, disse Balchunas na quinta.

O Bitcoin voltou a ganhar força nesta semana, depois de uma forte oscilação nos dias após a aprovação dos ETFs, quando chegou a bater US$ 49 mil e logo depois voltou para menos de US$ 43 mil. Nesta sexta, o BTC negocia acima de US$ 47 mil, com alta de mais de 6% no acumulado de 24 horas.