ETF de Bitcoin da BlackRock estreou hoje na B3; veja como investir

BDR do ETF de Bitcoin à vista da BlackRock lançado nos EUA já está disponível para investidores de todos os tipos no Brasil
Moedas de bitcoin sob mesa escura com sigal ETF

Shutterstock

Começou a ser negociado nesta sexta-feira (1º) na Bolsa da Valores do Brasil, B3, os BDRs do ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, lançado em janeiro nos Estados Unidos. No Brasil, o produto agora está disponível para qualquer tipo de investidor.

Listado na B3 com o código IBT39, o produto busca acompanhar o desempenho do Bitcoin. Ele terá uma taxa de administração de 0,25% com uma isenção de um ano reduzindo a taxa para 0,12% sobre os primeiros US$ 5 bilhões ativos sob gestão (AUM).

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Com nome oficial de ETF iShares Bitcoin Trust, este fundo negociado em bolsa foi um dos 11 aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) no dia 10 de janeiro, e tem sido o de maior sucesso até agora.

Em apenas sete semanas, o ETF da BlackRock atingiu US$ 10 bilhões em ativos sob gestão na quinta-feira (29), dia em que teve seu segundo maior fluxo diário desde o lançamento.

Em número de moedas, o fundo chegou a mais de 162.000 BTC sob gestão. Como comparação, o segundo na lista dos ETFs de Bitcoin, o FBTC da Fidelity, tem atualmente cerca de 105.000 BTC (US$ 6,3 bilhões).

“Para contextualizar, apenas cerca de 150 dos 3.400 ETFs existentes têm mais de US$ 10 bilhões em AUM”, disse o presidente da ETF Store, Nate Geraci, ao site The Block. “A grande maioria deles lançados há mais de 10 anos”.

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O que é BDR

O IBT39 da BlackRock não é um ETF lançado no Brasil, na verdade ele é uma representação do ETF da gestora negociado nos EUA. Por isso, ele ganha a denominação de BDR de ETF.

BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipts (BDR), que são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociados aqui.

Com isso, quem compra um BDR não está comprando diretamente ações da empresa ou do fundo no exterior, mas sim títulos que representam esses valores mobiliários.

Para ser negociado aqui é preciso que uma instituição financeira, denominada depositária, contratada pela gestora ou empresa que emite os papéis, compre as ações no exterior e guarde esses ativos em uma instituição custodiante, que faz as guardas e garante o lastro dos BDRs emitidos no Brasil.

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A partir disso, diante de registros e certificações que precisam ser obtidas com a B3 e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), essa depositária pode emitir os BDRs, que passam a ser negociados na bolsa de valores.

Como investir no BDR de ETF da BlackRock

Para negociar qualquer BDR no Brasil, seja de ações ou de ETFs, a primeira etapa é abrir uma conta em uma corretora de valores. É a partir delas que é possível fazer ordens de compra e venda desses títulos.

Cada corretora tem seu processo de abertura de conta, mas em geral são pedidos documentos de identificação do investidor e o preenchimento de cadastro. Em seguida já será possível realizar uma transferência de dinheiro para a sua conta na corretora.

Diferentemente de fundos, os BDRs são negociados da mesma forma que ações, ou seja, é preciso abrir o home broker e fazer a compra e venda dos ativos durante o pregão da Bolsa, enviando uma ordem. Concluída a compra, o BDR já constará na conta do investidor.

Vale lembrar que a tributação para BDRs segue a regra de Imposto de Renda de 15% sobre o ganho obtido nas negociações, sendo que, diferente do que ocorre com ações, não há nenhuma faixa de isenção de imposto.

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Além disso, caso haja distribuição de proventos pela empresa no país de origem, eles são repassados aos investidores no Brasil, seguindo as regras de tributação de lucros específicas de cada local.