Entenda os planos do governo para mudar a tributação de criptomoedas no Brasil

Caso a lei seja aprovada, os ganhos com criptomoedas serão tributados por meio do sistema de alíquota de renda variável
miniaturas de quatro pessoas diante de uma moeda de bitcoin em cima da bandeira do Brasil

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O governo federal está atualmente trabalhando em um novo projeto de lei que planeja mudar a forma como os ganhos com criptomoedas são tributados no Brasil. Atualmente, investimentos em cripto são tributados como bens e direitos, mas podem passar a ser enquadrados na alíquota de renda variável.

O texto, que ainda não foi enviado ao Congresso, foi repercutido por veículos da imprensa, como Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Portanto, se tratam ainda de informações preliminares.

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Atualmente, a Receita Federal determina que investidores informem seus ganhos com cripto na declaração de Imposto de Renda. Investidores que transacionam menos de R$ 30 mil ao mês estão isentos de impostos. Acima desse valor, passam ser aplicadas alíquotas que variam entre 15% e 22,5%, sendo a de 15% válida para ganhos de capital com criptoativos de até R$ 5 milhões; 17,5% para até R$ 10 milhões; 20% até R$ 30 milhões; e 22,5% para os ganhos que superem os valores citados anteriormente.

O que mudaria com a nova lei?

Caso a lei seja aprovada, a tributação de criptomoedas passaria a ser feita por meio do sistema de alíquota da renda variável, que já é o imposto de 15% cobrado de quem tem ganhos com compra e venda de ações e moedas estrangeiras. Ainda não está claro se terá faixa de isenção para criptomoedas como há atualmente, e, caso exista, qual será o ganho limite.

Como já destacado anteriormente pelo Portal do Bitcoin, existe o plano do governo de equiparar as criptomoedas às ações. Atualmente, os investidores na bolsa de valores que negociam R$ 20 mil ao mês não pagam impostos, o que é uma isenção menor que a prevista atualmente no mercado de criptoativos. 

Outro ponto repercutido na imprensa é que ativos digitais que reproduzem outros produtos financeiros, como crédito de recebíveis e adiantamento de fluxo de caixa, irão incidir na tabela do Imposto de Renda da mesma forma que títulos e fundo de rendas fixa.

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Ao que tudo indica, essa mudança afetaria principalmente a tributação de produtos tokenizados. Neste caso, seguindo o modelo atualmente aplicado a fundos de renda fixa, a alíquota começaria em 22,5% para períodos de seis meses, caindo para até 15% após dois anos. 

O projeto de lei foi elaborado pelo Ministério da Fazenda e está agora na Casa Civil, porém ainda não foi divulgado. O objetivo do governo é que a nova tributação passe a valer em 2025. Para atingir essa meta, o texto precisa ser discutido e aprovado ainda este ano no Congresso.