Imagem da matéria: Entenda o que causou o apagão cibernético ao redor do mundo
(Foto: Shutterstock)

Desde as primeiras horas desta sexta-feira (19), o mundo enfrenta um apagão cibernético causado por uma falha em um sistema de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike. O problema afeta dispositivos que utilizam o sistema Windows, da Microsoft, resultando na “tela azul da morte”.

Segundo a CrowdStrike, houve um problema na atualização do software da sua ferramenta Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers. Com isso, o serviço de computação em nuvem Azure, da Microsoft, acabou caindo porque usa a ferramenta, levando a um efeito cascata em diversas máquinas ao redor do mundo.

Publicidade

Voos das companhias American Airlines, United e Delta nos Estados Unidos foram suspensos, canais de televisão no Reino Unido e Austrália saíram do ar, enquanto diversos serviços, inclusive bancários e de Bolsas de Valores, passam por instabilidades.

A Microsoft disse que a falha em seus sistemas já havia sido resolvida, mas que problemas pontuais ainda poderiam ocorrer. Em nota, a empresa afirmou que quem ainda encontrar dificuldades deveria entrar em contato direto com a CrowdStrike.

Por outro lado, segundo a agência de notícias Reuters, qualquer cliente que ligar para a companhia ouvirá a mensagem: “obrigado por entrar em contato com o suporte da Crowdstrike. Estamos cientes dos relatos de falhas”.

No X (antigo Twitter), o CEO da CrowdStrike, tentou tranquilizar os usuários, explicando que a falha não representa um ataque hacker.

Publicidade

“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para hosts Windows. Os hosts Mac e Linux não são afetados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, disse.

“O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada. Indicamos aos clientes o portal de suporte para obter as atualizações mais recentes e continuaremos a fornecer atualizações completas e contínuas em nosso site”, completou o executivo.

Entenda o problema

O Falcon foi o primeiro produto lançado pela CrowdStrike, em 2013, dois anos depois da criação da empresa, e é focado na proteção de endpoint e um sistema de inteligência contra ameaças cibernéticas.

Em geral, a plataforma monitora os computadores em que está instalada tentando encontrar e antecipar invasões, como ataques hackers, e oferecer uma resposta rápida nesses casos.

Publicidade

Para seu funcionamento existem vários módulos de produtos que se conectam a um ambiente de “Soluções de Segurança de Endpoint”, hospedado em nuvem e um único agente, chamado Sensor CrowdStrike Falcon, implementa esses produtos.

Segundo o The Wall Street Journal, a empresa, sediada em Austin, disse aos clientes em uma atualização de status que o problema estava em uma mudança de software que ela havia enviado no Falcon para os computadores dos clientes.

A companhia disse que seus engenheiros desfizeram a mudança, mas os clientes precisariam usar uma solução alternativa para baixar uma correção nos computadores afetados.

Alguns usuários afetados podem voltar a usar seus sistemas rapidamente, mas para outros a solução pode levar semanas, dependendo do sistema em uso, disse Simo Kohonen, fundador da empresa finlandesa de segurança de rede Defused ao WSJ. “A solução que a CrowdStrike forneceu é bastante manual e pode ser difícil, em alguns casos, de implantar em larga escala”, disse.

A Crowdstrike é líder do setor e já atuou em grandes investigações de ataques cibernéticos, como o que afetou a Sony Pictures em 2014 e o vazamento de e-mails do comitê democrata americano em 2016.

Publicidade
VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Lucro da Robinhood com criptomoedas aumenta 700% no 4º trimestre

Lucro da Robinhood com criptomoedas aumenta 700% no 4º trimestre

A Robinhood registrou um salto impressionante na receita com cripto, impulsionado em parte pelo renovado interesse dos investidores em ativos digitais
celular com logo da binance e bandeira dos EUA ao fundo

Binance e SEC fecham acordo para pausar processo por 60 dias

A moção afirma que a nova força-tarefa cripto sob a liderança da comissária da SEC, Hester Peirce, pode “impactar e facilitar a possível resolução deste caso”
Ilustração de hamster como dev para o mercado cripto

Hamster Kombat (HMSTR) atinge menor preço com início da 2ª temporada

O jogo cripto mais famoso do Telegram finalmente está de volta, meses depois do esperado, com um novo jogo tap-to-earn
Ilustração de gamer jogando no celular enquanto moedas flutuam

B3: Rede de jogos do Ethereum realiza airdrop de tokens hoje

O token B3, da rede de jogos de mesmo nome, será lançado nesta segunda-feira com um airdrop para usuários