A Bitfarms, empresa canadense de mineração de bitcoin, planeja criar uma fazenda com 210 Megawatts de potência na Argentina, capaz de alimentar cerca de 55.000 máquinas. O projeto, disse a empresa em comunicado na segunda-feira (19), faz parte do seu plano de expansão na América do Sul.
Segundo a nota, durante os últimos seis meses a empresa esteve focada no novo empreendimento, fechando inclusive um contrato com uma empresa privada fornecedora de eletricidade cuja rede fica próxima ao local das novas instalações. Portanto, disse a empresa, não envolve qualquer interconexão com a rede elétrica local.
O acordo prevê oito anos de manutenção com um custo efetivo de US$ 0,022 por KW/h nos primeiros quatro anos. Na relação custo/benefício, a empresa diz que é possível gerar aproximadamente US$ 650 milhões de receitas ou 11.774 Bitcoin, com base em níveis de dificuldade atuais da rede do bitcoin.
“Com até 210 MW de energia de baixo custo disponível para nós, espera-se que a instalação da Argentina seja um contribuidor significativo para a Bitfarms atingir sua meta de 8,0 EH / s até o final de 2022”, ressaltou a empresa. Antes, estimou que o custo para minerar cada bitcoin pode ser 45% menor, já que no ano passado foi de US$ 7.500 no Canadá. Na Argentina, ressaltou, a estimativa é de US$ 4.125.
Mineração de bitcoin
A Bitfarms está listada na bolsa de valores canadense TSX Venture Exchange, um mercado de capital de risco público para empresas emergentes. Em março, a companhia comprou 48.000 novas máquinas de mineração, depois de já ter adquirido nos meses anteriores mais de 12.000 unidades.
Com essa aquisição, a capacidade operacional de hash da empresa crescerá em oito vezes comparado aos níveis atuais até dezembro de 2022. Os equipamentos serão entregues pela fabricante chinesa MicroBT. A meta provisória da Bitfarms é atingir 3,0 EH/s de potência de hashing até dezembro de 2021 e aumentá-la para mais de 8 EH/s até o final de 2022, quando o último lote de máquinas deverá chegar.