Empresa brasileira cria projeto de votação descentralizada e vence hackathon na Colômbia

Equipe de desenvolvedores da NFTFY propõe blockchain como solução para eleições descentralizadas com uso de tecnologia de prova de conhecimento zero
Imagem de um voto digital sendo depositado em um celular

Shutterstock

A NFTFY, aplicação descentralizada (dApp) que fraciona NFTs (Tokens Não Fungíveis), foi a ganhadora de um hackathon promovido para desenvolvedores durante a Devcon, evento voltado para comunidade cripto que aconteceu na última semana na Colômbia.

O projeto ZK Vote foi desenvolvido para o hackathon realizado pela Polygon ID e se destacou entre os demais. Por meio da blockchain, foi criado um emissor que funciona como uma espécie de título de eleitor. Assim, o eleitor pode entrar na aplicação e votar. Isso se torna possível graças à tecnologia da própria Polygon ID.

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A equipe NFTFY ainda utilizou da tecnologia de Zero Knowledge Proof, que permite comprovação de votos sem especificar em quem cada um dos participantes votou. Em síntese, uma prova de conhecimento zero ou protocolo de conhecimento zero é um método pelo qual uma parte pode provar à outra parte que uma determinada afirmação é verdadeira, sem transmitir qualquer informação além desse fato. O projeto teve destaque justamente por trazer a questão da descentralização para eleições.

“A participação em competições como essas são de extrema importância para o desenvolvimento de tecnologias que evoluem o mundo cripto. Acredito que o desenvolvimento de uma tecnologia que permite eleições descentralizadas é algo muito interessante para ser levantado já que explora uma de várias possibilidades da blockchain como ferramenta que vai muito além do que apenas criptomoedas.” Afirma Leonardo Carvalho, CEO e Cofundador da NFTFY.

Além deste projeto, a NFTFY também participou e foi ganhadora de outro hackathon, promovido pela USSD. Os desenvolvedores participantes seguiram com a ideia de promover o projeto Ethereum Stacked Together, um protocolo que viabilizava pools de validadores da Ethereum que tinha como grande diferencial o aumento do número de participantes em uma validação.

Criada por brasileiros em 2020, a NFTFY surgiu para solucionar os principais problemas do ecossistema NFT, incluindo baixa liquidez, risco de investimento e monetização de ativos, por meio do fracionamento dos tokens não-fungíveis. O protocolo funciona como um Aplicativo Descentralizado (dApp), gerando frações compatíveis com ERC20, totalmente atreladas aos NFTs. A NFTFY conta com o suporte institucional dos fundos Consensys Mesh, Filecoin, Tachyon by Consensys Ventures e Protocol Labs.