Elon Musk diz que irá permitir volta do ex-presidente dos EUA Donald Trump ao Twitter

Segundo bilionário, banimento do ex-presidente “alienou grande parte do país”; anteriormente, político havia dito não ter interesse em voltar à plataforma
Donald Trump é fotografado em comício nos EUA

Shutterstock

O bilionário Elon Musk, em meio ao processo de compra do Twitter, disse nesta terça-feira (10) que pretende acabar com o banimento permanente que o a rede social impôs ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O CEO da Tesla falou sobre o tema durante um evento sobre indústria automobilística organizado pelo jornal Financial Times.

“Sim, eu acho que não foi correto banir Donald Trump, eu penso que foi um erro. Eu reverteria o banimento permanente. Eu não sou dono do Twitter ainda, então isso não é uma coisa que irá definitivamente ocorrer, pois e se eu não me tornar o dono do Twitter? Mas a minha opinião, e Jack Dorsey compartilha dessa opinião, é que não devemos ter banimentos permanentes”, disse.

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No mesmo evento, Musk disse que banir o ex-presidente “alienou grande parte do país”. De acordo com o bilionário, o banimento “não tirou a voz de Trump e irá ampliá-la junto à direita”. Por isso, segundo ele, o banimento seria “moralmente errado e francamente estúpido”.

Musk ainda precisa passar por algumas etapas burocráticas para se tornar o dono do Twitter, mas já teve a oferta de compra aceita pela empresa.

Trump disse em abril que não irá retornar ao Twitter mesmo que sua conta seja reativada. O plano do republicano é fortalecer a Truth Social, rede social que ele lançou, mas que ainda não decolou.

O ex-presidente do banido do Twitter após as invasões de 6 de janeiro de 2021 ao Congresso dos Estados Unidos. A rede social disse que Trump estava incitando violência.

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Elon Musk compra Twitter

No dia 25 de abril, Elon Musk convenceu o Twitter a vender a totalidade do controle da empresa por US$ $54.20 por ação, em uma transação com valor total de US$44 bilhões – um prêmio de 38% sobre o valor do fechamento registrado no dia primeiro de abril.

O negócio foi aprovado pelo conselho do Twitter por unanimidade. O CEO da empresa, Parag Agrawal, disse estar orgulhoso do trabalho feito pelos funcionários e afirmou que o “Twitter tem uma relevância que impacta o mundo todo”.

Por sua vez, Elon Musk afirma no comunicado que “a liberdade de expressão é um pilar da democracia, e o Twitter é a praça pública digital onde se debatem os assuntos mais importantes para o futuro da humanidade”. O empresário também disse planejar tornar a rede social “melhor do que nunca” através de novas funcionalidades, tornando seus algoritmos código aberto, combatendo os bots e dando o certificado de autenticação para todos os usuários humanos.