Dono de um dos maiores sites de criptomoedas do mundo diz que vai fechar por causa do Google

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(Foto: Shutterstock)

A comunidade de criptomoedas recebeu uma triste notícia nesta segunda-feira (10). Um dos sites mais atuantes na criptoeconomia, o portal de notícias CCN.com encerrou suas atividades. A notícia veio através de um publicação do próprio fundador e CEO da empresa, Jonas Borchgrevink.

De acordo com o diretor, a CCN (sigla para CryptoCoinsNews) presenciou uma queda de 71% no tráfego em dispositivos móveis devido a uma atualização nas classificações de pesquisa do Google.

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Ele disse:

“A CCN está se desligando. Essa mudança do Google trouxe um impacto significativo sobre nós, uma pequena organização de notícias independente que nunca recebeu nenhum financiamento externo”.

Com dados e gráficos para demonstrar o ocorrido, Borchgrevink fez questão de frisar que a CCN já foi o site de notícias sobre criptomoedas com o maior tráfego em todo o mundo, citando que houve concorrência amigável com CoinDesk e CoinTelegraph.

No entanto, após a atualização, que segundo o Google era para melhorar resultados, tudo desmoronou. “O Google alegou a atualização ter sido “projetada para melhorar nossos resultados”, disse, citando um post no Twitter da conta SearchLiaison.

“Embora eles tenham anunciado a atualização, eles não divulgaram nenhuma informação sobre o que a atualização principal faria, disse o diretor.

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Receita do CCN caiu 90%

Citando que a empresa já havia contratado mais funcionários, tanto em tempo integral como em meio período, o diretor desabafou:

“Nós não queremos reduzir o tamanho da equipe, não queremos quebrar a moral da equipe”, disse, relatando que a receita diária do site estava 90% mais baixa. “Estamos transferindo toda a equipe para a HVY.com para, pelo menos, tentar salvar o jornalismo moderno da maneira como o vemos”.

Borchgrevink mostra dados de dois dos maiores sites sobre criptomoedas do mundo, a Coindesk e CoinTelegraph, que também foram prejudicados com uma queda de 34,6% e 21,1%, respectivamente.

Repressão contra criptomoedas

Ele também questiona se seria ou não uma repressão contra o criptomercado: “Seria uma repressão contra crypto pelo Google? A resposta é sim e não, simultaneamente. Embora todos os principais sites focados em criptomoedas tenham sido atingidos pela atualização”.

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Outro ponto que Borchgrevink colocou em questão, foi sobre o espaço que o site sempre deu, tanto para partidos de esquerda quanto de direita. Mas ele não tem certeza se isso foi um dos motivos pela ação do Google.

“Enquanto a CCN é imparcial como um site de notícias, permitimos todo tipo de opiniões de jornalistas e escritores convidados. Somos fiéis à comunidade criptomoedas com o nosso slogan antielite, anticentralização. Embora eu não especule se isso afetou ou não o nosso site, certamente espero que o Google não esteja ativamente reprimindo o jornalismo”.

Fundador pede apoio

Por fim, Borchgrevink convoca a mídia mundial para ajudá-lo a combater a prática do Google, que ele chamou de hedionda. Para ele, o buscador pode, num piscar de olhos, decidir quem vai prosperar e quem vai morrer em questão de minutos.

Aos jornais, ele mandou a seguinte mensagem:

“Embora o CCN possa ser irrelevante para você, a prática do Google também afeta você e sua organização”.

Ele pede, ainda, que todos compartilhem sua mensagem e dêem opiniões.

“Se você é jornalista, editor, diretor ou proprietário de uma organização de notícias e gostaria de compartilhar suas opiniões neste artigo, envie um e-mail para jonas.borchgrevink@ccn.com”.

Última notícia

Borchgrevink fala na última notícia da CCN que todos os anúncios foram desativados com a seguinte frase: “Eles podem ter nos matado, mas não vão lucrar com o nosso funeral”.

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E se despede:

“Desejo separar aos nossos principais concorrentes com um caloroso agradecimento. Obrigado pela emoção, obrigado pela competição, obrigado por tudo o que vivemos juntos nos últimos 6 anos. Eu realmente espero que você faça melhor do que nós. E boa sorte para outras organizações de mídia que estão lutando agora”.


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