Dificuldade de mineração e hashrate do Bitcoin atingem novo recorde histórico

A nova máxima da dificuldade de mineração coincide também com a recente alta do Bitcoin
Ilustração B de bitcoin ligado a vários pontos de energia

Foto: Shutterstock

A dificuldade de mineração de Bitcoin (BTC) atingiu uma nova máxima histórica na terça-feira (22) em meio a níveis recordes de hashrate na média móvel de sete dias.

Segundo dados do Mempool, o ajuste de dificuldade ocorreu na altura do bloco 866.880, atingindo um recorde de 95,7 trilhões. Isso supera a marca anterior de 92,7 trilhões definida no início de setembro.

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A dificuldade de mineração de Bitcoin não é expressa em unidades específicas. É uma medida relativa de quão difícil é minerar um novo bloco em comparação com o mais fácil que poderia ser. 

A dificuldade se ajusta automaticamente a cada 2016 blocos — aproximadamente duas semanas — para garantir que, em média, um novo bloco seja encontrado a cada 10 minutos, independentemente de quantos mineradores estejam minerando ativamente.

Já a Clark Moody’s aponta que antes do ajuste de terça, os blocos de Bitcoin estavam sendo minerados a uma taxa mais rápida do que a média de um bloco, a cada nove minutos e 37 segundos, por isso a necessidade de um ajuste maior neste momento. Quanto maior a dificuldade, mais poder computacional e energia um minerador precisa para completar um bloco.

Na segunda (21), o hashrate do Bitcoin, que mede quanto poder computacional há na rede, já havia atingido uma nova alta histórica de média móvel de sete dias de 723,6 EH/s — rompendo os 700 EH/s pela primeira vez, de acordo com o The Block.

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Apesar de inicialmente ter recuado após o halving de abril, que levou as recompensas por bloco a caírem de 6,25 BTC para 3,125 BTC, os mineradores de Bitcoin começaram agora a aumentar gradativamente o hashrate após ele bater um fundo em junho, quando teve uma média móvel de sete dias de 550,3 EH/s.

Os mineradores de Bitcoin viram um declínio substancial na receita após o halving, de um pico de média móvel de sete dias de US$ 72,4 milhões no dia do evento para cerca de US$ 25 milhões no fundo de setembro — pressionando mineradores menos eficientes do mercado. Porém, isso já começou a mudar e a receita já avançou cerca de US$ 10 milhões, chegando a US$ 35 milhões.

O preço do hash do Bitcoin também caiu para mínimas históricas de US$ 0,04 em setembro, embora tenha se recuperado para US$ 0,048 nos últimos dias. O preço do hash se refere ao valor esperado de 1 TH/s de poder de hash por dia, quantificando quanto um minerador pode esperar ganhar com uma quantidade específica de hashrate.

Essa nova máxima da dificuldade de mineração coincide também com a recente alta do preço do Bitcoin, que chegou a se aproximar dos US$ 70 mil na segunda, ainda que tenha perdido força novamente. Nesta quarta, o BTC opera em torno de US$ 66.400, com uma leve queda de menos de 1% no acumulado de 24 horas.

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