Delegada é condenada a 2 anos de prisão por receber propina do “Faraó do Bitcoin”

“Faraó do Bitcoin” pagou propina a delegada e policiais civis para facilitar atividades ilegais da pirâmide financeira
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Glaidson Acácio dos Santos, fundador da GAS Consultoria. (Foto: Reprodução/YouTube)

Uma delegada e três policiais civis do estado do Rio de Janeiro foram condenados pelo crime de corrupção por aceitar propina de Glaidson Acácio dos Santos, criador da GAS Consultoria e conhecido como “Faraó do Bitcoin”. A pena estabelecida para cada um dos réus foi de 2 anos e oito meses de prisão e a perda do cargo. 

Os servidores públicos  foram denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no âmbito da Operação Novo Egito, desdobramento da Operação Kryptos, que prendeu o “Faraó do Bitcoin” em agosto de 2021. 

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As investigações revelaram que a delegada, enquanto atuava na Delegacia de Defraudações (DDEF), recebeu propina de Glaidson em troca de favorecimentos ao esquema. Além disso, constatou-se que os policiais civis condenados facilitaram as atividades ilegais da organização, que movimentou cerca de R$ 38 bilhões em transações financeiras irregulares. À época, os policiais civis também eram lotados na DDEF.

As provas apresentadas pelo MPRJ incluíram interceptações telemáticas, registros financeiros e depoimentos. Com base nisso a Justiça reconheceu a responsabilidade dos réus por crimes como organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção passiva.

O caso (Processo 0293207-95.2022.8.19.0001 TJ/RJ) foi conduzido pela 1ª Promotoria de Justiça junto às 1ª, 2ª e 3ª Varas Especializadas em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.