De seguro-chuva a NFT criado com OpenAI: conheça os vencedores dos US$ 10 mil do hackathon da ETH Samba

Cinco empresas de Web3 distribuíram ao todo US$ 10 mil para 14 grupos no final do hackathon da ETH Samba, que ocorreu neste domingo (2)
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Hackathon da ETH Samba distribuiu US$ 10 mil em bolsas (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Cinco empresas de Web3 distribuíram ao todo US$ 10 mil para 14 grupos no final do hackathon da ETH Samba, que ocorreu neste domingo (2) na cidade do Rio de Janeiro. Layer X, Fuel, Celo, Chainlink e Aurora foram as patrocinadoras do evento e concederam as bolsas para os projetos que consideraram mais promissores. 

A MetaMask também irá selecionar projetos e distribuir bolsas em dólar, mas esse anúncio deve ser feito só no meio da semana. 

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Os grupos de programadores passaram de sexta-feira (31) até domingo (2) em um casarão no bairro de Santa Tereza criando aplicações para as redes dos patrocinadores. 

O grande vencedor da noite foi o grupo Happay. O time levou US$ 2.500 da Fuel para seguir com o projeto de criar um smart contract no qual vendedores que ganham comissão possam receber de forma instantânea após a venda, e não mais ter que esperar o mês acabar para que os cálculos de desempenho sejam montados e o pagamento enviado. 

“A gente criou na blockchain Fuel um token stablecoin para que o vendedor receba. A diferença é que o vendedor geralmente recebe no final do mês: ele tem uma meta para bater, acumula tudo e recebe de uma vez. Por meio do smart contract a gente conseguiu fazer dois protocolos para que cada venda que o vendedor faça seja conectada com o smart contract. E isso já gera a transação na qual ele recebe a comissão referente àquela venda de forma instantânea”, conta Sabrina Olivo, uma das integrantes da Happay. 

Vencedores da bolsa da Fuel (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Rede de apoio onchain para mulheres 

Uma plataforma onchain de desabafo para as mulheres onde elas conseguem por meio do anonimato ter acesso uma orientação jurídica e um suporte psicológico. Esse é o projeto da equipe Vozes Seguras, que recebeu US$ 400 da Celo para seguir no desenvolvimento da ferramenta. 

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“Juntando tokens, interagindo na plataforma, criando essa comunidade, dando suporte para outras mulheres, a pessoa irá poder pagar sessões de terapia com profissionais que vão fazer parte da plataforma. O profissional que der o atendimento, num próximo momento, isso está no nosso roadmap, vai poder converter esse token em real e de fato ser remunerado por aquele atendimento. A gente pensa em buscar suporte de empresas grandes no mercado”, afirma Cris Lopes, uma das integrates do grupo formado apenas por mulheres.

Vencedores das bolsas da Celo (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Herança das wallets

A ideia do grupo Posterity usou da tecnologia de account abstraction, que foi debatida em em um bootcamp e um painel de debate na ETH Samba. O projeto consiste em criar uma smart wallet que conecta uma base de dados, identifica uma certidão de óbito e faz a transferência de fundos de uma carteira para uma wallet que a pessoa em vida definiu como de seu herdeiro. 

“A gente utilizou a Chainlink para fazer por meio de um oráculo uma integração via uma API para identificar a existência de uma certidão de óbito. Antes desse passo, o usuário entrando no nosso dApp ele cria uma posterity wallet, que é o nosso produto, na qual ele indica as carteiras dos seus sucessores, dos seus herdeiros. E a partir de então, quando ocorrer a morte, o oráculo vai rodar e vai identificar a existência desse evento e vai automaticamente enviar os fundos daquela wallet para a carteira que foi indicada pelo proprietário”, explicou Matheus Franco, um dos membros do grupo. 

A equipe recebeu US$ 500 da Chainlink para seguir com o dApp. 

Sol garantido, ou dinheiro de volta 

O projeto de André da Costa Teves, da Rain Insurance, é um seguro contra chuva para viajantes. A pessoa contrata essa apólice e se chover nas suas férias, pode conseguir um reembolso. Os desenvolvedores receberam US$ 500 da Chainlink para seguir com a ideia. 

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“A blockchain entra porque a gente automatizou toda a claim do seguro. A apólice é registrada no blockchain e no momento de fazer a claim, o segurado solicita e a Chainlink consulta um oráculo que conversa com uma API de tempo. A gente consegue todos os dados históricos para confirmar se a claim é verdadeira ou não”,explica Costa Teves. 

Vencedores das bolsas da Chainlink (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Onboarding cripto mais amigável 

O grupo 101 Snap Connect recebeu US$ 750 da Aurora para seguir na missão de fazer um onboarding cripto em redes que as pessoas já estão acostumadas.   

“No nosso caso a gente escolheu usar o Telegram, mas pode ser expandida para WhatsApp, Instagram, qualquer rede. Um amigo seu que já é nativo ele pode te mandar um link no tTelegram; você vai clicar nesse link, vai inteargir com um bot, esse bot vai te jogar num tutorial de onboard para que você crie sua carteira da Metamask e aprenda a instalar extensão. E depois que voocê termina esse ciclo e autentica que você de fato criou a wallet, ele automaticamente conversa com o Telegram, minta um NFT que te dá acesso a um grupo no Telegram da Snap Connect para você ter todo o suporte que precisar da comunidade. A ideia é expandir esse conceito para várias comunidades”, diz Giovanni Populo, um dos desenvolvedores do time.

Vencedores das bolsas da Aurora (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

Facilitando a migração de programadores 

A linguagem de programação Sway permite a criação de ferramentas poderosas na Web3, mas ainda está restrita a um círculo pequeno de desenvolvedores – a maioria usa Solidity.  

O grupo Propeller se focou em fazer uma transição mais fácil para que mais programadores comecem a usar a Sway. O projeto roda na blockchain da Fuel e recebeu US$ 1.500 da empresa para seguir com a aplicação. 

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“A gente criou um standard do ERC 721, que é o contrato de NFT. Criamos esse dashboard onde você tem caixinhas para escolher as features que você quer, como burn, mint, nome do token, metadado. E aí do outro lado ele vai te dando as linhas de código, mas não em Solidity, mas sim em Sway, que é uma linguagem de código em Rust que tem muito menos desenvolvedores. Com essa platarforma a gente consegue fazer o onboard de novos developers de forma muito mais fácil, já dando para ele o coração de como fazer um smart contract”, afirma Gabriel Novak, um dos membros do grupo. 

NFTs e Inteligência Artificial

A inteligência artificial e a OpenAI não poderiam ficar de fora. O grupo GenIA recebeu US$ 1.000 da Layer X  e US$ 250 da Aurora para continuar com um projeto de automatização da criação de NFTs por meio do DALL-E, programa da OpenAI, criadora do ChatGPT, que cria imagens a partir de textos inseridos pelos usuários. 

Vencedores da bolsa da Layer X (Foto: Fernando Martines/Portal do Bitcoin)

“Fizemos um site que você consegue se conectar usando a Layer X com os nossos smart contracts. A rede da Aurora vai conversar com o nosso back-end por meio da Chainlink, mas para isso ela tem que usar um bridge com a Polygon. E aí isso conversa com a Dall-E e retorna para gente a imagem já feita e salva na nuvem. O URL da imagem fica salvo na rede Aurora como o NFT. A pessoa só clicando uma vez faz tudo isso daí. Nosso site consegue mostrar quais são seus NFTs que você gerou por I.A”, afirma Daniel Cavassini, programador que fez parte do time.