Da cadeia, criador da GAS Consultoria teve quase 40 mil votos para deputado federal no Rio de Janeiro

Caso Glaidson tivesse tido votos suficiente para se eleger, seu caso seria levado ao Tribunal Superior Eleitoral
Imagem de Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como Faraó do Bitcoin

Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como Faraó do Bitcoin (Foto: Reprodução)

O criador da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos, teve 37.935 votos para deputado federal pelo Democracia Cristã, ficando longe de se eleger no Rio de Janeiro. O Faraó do Bitcoin está preso e teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).

Caso Glaidson tivesse tido votos suficiente para se eleger, seu caso seria levado ao Tribunal Superior Eleitoral para uma decisão final sobre a candidatura. O criador da GAS não foi condenado em segunda instância, situação que o levaria a ficar inelegível.

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Porém, ele é sócio de uma empresa em recuperação judicial e esse é um dos pontos que impedem uma pessoa de se candidatar, conforme aponta a Lei Complementar 64/1990.

O desembargador do TRE-RJ, Luiz Paulo Araújo Filho, ressaltou esse ponto a decidir o caso de Glaidson, conforme noticiado pelo jornal O Globo:

“É um contexto muito complicado e uma situação absolutamente inovadora. Nós estamos lidando com uma situação absolutamente nova que ainda não encontra regulamentação, mas que ao meu ver, com data máxima vênia, encontra respaldo na lei complementar 64, desde que analisada com a mente aberta, sem restrição a generalizações jurídicas”. 

Pendências das GAS Consultoria

Glaidson apresentou no dia 15 de agosto uma requisição para homologar sua candidatura para Câmara dos Deputados, concorrendo pelo estado do Rio de Janeiro. Ele está atualmente preso na capital fluminense. A informação é do jornal O Globo.

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De acordo com o jornal, Glaidson declarou à Justiça Eleitoral ser empresário, ter ensino superior e estar filiado ao partido Democracia Cristã (DC). Também declarou possuir capital na casa de R$ 60 milhões, além de um apartamento avaliado em R$ 450 mil.

A estimativa é que a GAS Consultoria – acusada de criar uma pirâmide financeira que atingiu milhares de clientes – tenha pendências de R$ 4,4 bilhões junto a cerca de 42 mil clientes.