CZ tem pedido para sair dos EUA negado pela segunda vez pela Justiça

Empresário aguarda sentença penal após ter feito um acordo no qual admitiu culpa por crime cometido contra o sistema financeiro
Fundador da Binance Changpeng Zhao posa para foto

Changpeng "CZ" Zhao, CEO da Binance (Foto: Decrypt)

O fundador da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, teve pela segunda vez um pedido para sair dos Estados Unidos negado pela Justiça federal do país. A decisão é do juiz Richard Jones, que atua no Distrito Ocidental da Corte Federal de Washington, conforme informações do portal CoinDesk.

O empresário aguarda sentença penal após ter feito um acordo no qual admitiu culpa por crime cometido contra o sistema financeiro dos Estados Unidos ao longo dos anos. Especialistas apontam que a pena pode chegar a até 18 meses de prisão. A previsão é que sentença seja definida no dia 23 de março.

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A decisão foi tomada em sigilo de Justiça, por isso não é possível saber as argumentações do juiz para a decisão. CZ tenta voltar para os Emirados Árabes Unidos, onde mora com sua esposa e três filhos. 

O criador da Binance foi solto após pagar uma fiança de US$ 175 milhões. O cidadão sino-canadense se declarou culpado de uma acusação de ter violado a Lei de Sigilo Bancário. 

Binance e CZ admitem crimes

Como parte de um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ), CZ se declarou culpado de uma acusação de violação da Lei de Sigilo Bancário e deixou o cargo de CEO da exchange. Ele está impedido de ser um executivo da Binance por pelo menos três anos depois que a empresa nomear um monitor independente, mas continua sendo o proprietário majoritário da Binance.

CZ foi levado sob custódia após sua confissão de culpa, mas foi liberado posteriormente com uma fiança de US$ 175 milhões.

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A Binance por sua vez pagou uma multa de US$ 4,3 bilhões (R$ 21 bilhões), no que entrou para a história como uma das maiores penalidades corporativas já vistas nos EUA.

O pagamento da multa, a demissão do CEO e o comprometimento de encerrar todas as operações nos EUA fazem parte de um acordo entre a empresa e o governo para encerrar as investigações criminais contra o grupo.

A Binance, que admitiu ter permitido transações com o Hamas e outros grupos terroristas na plataforma, foi acusada de três crimes, incluindo falhas no combate à lavagem de dinheiro, operação de negócios de transmissão de dinheiro não licenciado e violação de sanções dos EUA.