CVM dá sinal verde para negociação de primeiro ETF de criptomoedas no Brasil

As cotas do Fundo serão distribuídos pela Genial Investimentos, BTG Pactual e Itaú BBA
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A gestora de recursos Hashdex informou em carta aos cotistas enviada nesta quarta-feira (17) que recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) para o funcionamento de um ETF de criptomoedas, que poderá ser negociado na bolsa de valores brasileira (B3). Trata-se de algo inédito no país.

Conforme a carta, as cotas serão registradas na B3 para fins de depósito eletrônico, distribuição, liquidação financeira e negociação no mercado secundário sob o ticker “HASH11”. As cotas do Fundo serão distribuídos pela Genial Investimentos, BTG Pactual e Itaú BBA.

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O ETF terá como objetivo buscar retornos de investimentos que correspondam, de forma geral, à performance em Reais do Nasdaq Crypto Index – NCI, índice referenciado em ativos digitais calculado pela Nasdaq, Inc. e co-desenvolvido pela Nasdaq e pela Hashdex. O índice é composto atualmente por seis criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Chainlink, Bitcoin Cash e Stellar. O maior peso é do BTC, com 79,71%, seguido pelo ETH com 16,9%.

No final de 2020, a empresa conseguiu aprovação da Bolsa de Valores de Bermudas (BSX) para o lançamento de um ETF de criptomoedas, considerado o primeiro do mundo.

O produto, batizado de ‘Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF’, foi listado na BSX por meio da corretora Clarien BSX Services, conforme anunciou a entidade, com sede na capital Hamilton.

Os ETFs são fundos de índices comercializados como ações. Nos EUA, por exemplo, esse tipo de produto tem um histórico de rejeição pela Comissão de Valores Mobiliários (SEC) quando foi vinculado ao Bitcoin. Em 2018 a SEC chegou a recusar nove propostas de ETF Bitcoin de uma só vez.

Atualmente já há dois ETFs de bitcoin aprovados no Canadá.