Crítico do Bitcoin, CEO do JP Morgan é cotado por Trump para assumir Tesouro dos EUA

Dimon poderia ser o Secretário do Tesouro ideal, de acordo com o candidato presidencial republicano Donald Trump
Jamie DImon, CEO do JP Morgan

Jamie Dimon, CEO do JP Morgan (Foto: Divulgação)

O ex-presidente dos EUA e atual candidato republicano, Donald Trump, sugeriu em uma entrevista publicada pela Bloomberg Businessweek na terça-feira (16) o nome do CEO do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, como uma possível escolha para secretário do Tesouro, elogiando a figura influente de Wall Street e notório cético em relação ao Bitcoin.

“Tenho muito respeito por Jamie Dimon”, disse Trump. “Ele é alguém que eu consideraria.”

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No mês passado, Dimon esteve presente entre 70 CEOs de grandes empresas em uma reunião em Washington, DC, que Trump descreveu como “festa de amor”.

Durante o bate-papo, promovido pela organização de lobby Business Roundtable, Trump prometeu reduzir a alíquota marginal máxima do imposto corporativo para 20%, acrescentando, contudo, que sua verdadeira meta é de 15%.

Enquanto Trump continua a cortejar votos de pessoas do setor de criptomoedas na campanha eleitoral para a eleição presidencial dos EUA em novembro, sua admiração por Dimon destaca um antagonista bem estabelecido da indústria.

Embora CEOs poderosos como Larry Fink, da BlackRock, tenham adotado o Bitcoin como um “instrumento financeiro legítimo”, as críticas de Dimon persistiram ao longo dos anos.

“Se eu fosse o governo, eu o fecharia”, disse Dimon sobre o setor cripto durante uma audiência do Comitê Bancário do Senado no ano passado. “Sempre fui contra cripto, Bitcoin, etc.”

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Respondendo a uma pergunta feita pela senadora Elizabeth Warren, Dimon acrescentou que “o verdadeiro caso de uso para [cripto] são criminosos, traficantes de drogas, lavagem de dinheiro e evasão fiscal”.

Após o Secretário de Estado, Antony Blinken, a Secretaria do Tesouro, Janet Yellen é atualmente a quinta na linha de sucessão para presidente. Responsável por criar e sugerir políticas financeiras, econômicas e fiscais, a posição daria a Dimon autoridade em um amplo conjunto de assuntos.

Escolhido por Trump em 2016, o ex-secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, certa vez destacou as criptomoedas como “uma questão de segurança nacional”. Falando sobre a necessidade de regulamentar os provedores de serviços de ativos digitais em 2019, ele disse: “Não permitiremos que [eles] operem nas sombras”.

Dimon pareceu suavizar um pouco sua posição sobre o Bitcoin em março, quando disse que respeita o direito das pessoas de manter o ativo. Ainda assim, ele disse que sua opinião era comparável à decisão de alguém “fumar um cigarro”.

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Durante uma entrevista com a CNBC no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Dimon disse que nunca mais falaria sobre Bitcoin, chamando-o de “merda”. Meses depois, ele reiterou sua posição de que o Bitcoin é “uma fraude” durante uma entrevista com Emily Chang, da Bloomberg.

Enquanto isso, Trump seguiu um caminho semelhante ao de Fink, da BlackRock. Depois de dizer em 2021 que o Bitcoin “parecia uma farsa”, o ex-presidente saiu atacando as criptos, detonando a abordagem regulatória da SEC, aceitando doações de cripto e defendendo a indústria de mineração de Bitcoin dos EUA.

Dimon elogiou Trump. E após a tentativa frustrada de assassinato de Thomas Matthew Cooks contra ele, durante um comício na Pensilvânia no sábado, Dimon teria enfatizado em um e-mail para toda a empresa que agora é hora de união, ao mesmo tempo em que repudia a violência na política.

“Devemos todos permanecer firmes juntos contra quaisquer atos de ódio, intimidação ou violência que busquem minar ou causar danos à nossa democracia”, escreveu. “É somente por meio de um diálogo construtivo que podemos enfrentar os desafios mais difíceis da nossa nação.”

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.