Criptomoeda Venezuelana: Rússia Apoia, EUA Ameaça OPEP e Exchanges Rejeitam

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O banco russo Evrofinance Mosnarbank, com sede em Moscou, é a única instituição financeira do mundo a desafiar as sanções impostas pelos Estados Unidos à Venezuela em relação à sua criptomoeda nacional, Petro, de acordo com a publicação do Washington Post na última segunda-feira (14).

Os maiores acionistas do Evrofinance são: os bancos que estão sob sanção econômica dos EUA, VTB e Gazprombank, ambos com sede em Moscou e controlados pelo Estado, e o governo da Venezuela, que possui 49% das ações.

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Durante o lançamento oficial da Petro, Nicolás Maduro agradeceu algumas startups russas pelo empenho no projeto.

Na ocasião, ele até brincou dizendo que a Petro era “kryptonita contra o domínio econômico dos EUA”.

Mais tarde, a Associação Russa de Criptomoedas e Blockchain (RACIB) retribuiu, premiando o governo venezuelano pelo “desafio aos poderes do sistema financeiro internacional”.

Para o ex-chefe da unidade de integridade bancária do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), Claiborne W. Porter, russos e venezuelanos tendem a mostrar força política enquanto EUA e União Europeia (UE) se estranham.

“Como crianças na hora do recreio, Venezuela e Rússia pensam estar lutando contra um grandão chamado Estados Unidos”, disse Porter.

Trump ameaça mais sanções

A Rússia é um grande investidor de petróleo na Venezuela e ao longo dos anos pagou parte de seus dividendos com bilhões de dólares.

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Além de sanções já impostas pelos EUA, o presidente Donald Trump já está sinalizando que vai ampliar a punição a países que compõem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Isto pode acontecer caso Maduro não cancele as eleições presidenciais marcadas para o próximo domingo (20), a qual Trump e várias autoridades mundiais acreditam que será uma eleição – e também reeleição – fraudulenta.

De acordo com a rede de notícias UOL, 14 países do Grupo Lima (GL) pediram a suspensão da eleição na Venezuela, inclusive o Brasil, após desfecho de uma reunião na Cidade de México nesta segunda-feira.

Exchanges relutam

A Petro não está sendo vista com ‘bons olhos’ por parte do mundo e também pelas exchanges. A chinesa Bitfinex, por exemplo, reluta em aceitar o criptoativo em sua plataforma, temendo que essas sanções possam prejudicá-la.

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Frequentemente, também, sites e plataformas do mercado de criptomoedas lançam comentários sobre a Petro, como sendo uma fraude.

O russo Denis Druzhkov, um dos escolhidos por Maduro para divulgar a Petro pelo mundo já foi exemplo disso quando foi banido, por três anos, da Chicago Mercantile Exchange (CME) por ter participado de negociação fraudulenta de contratos futuros.

Primeiras sanções contra a Petro

O EUA iniciou uma campanha em março deste ano com o intuito de inviabilizar a criptomoeda venezuelana sancionada recentemente por Maduro, mas que estava em discussão desde o final do ano passado.

Trump proibiu qualquer negociação de cidadãos e empresas norte-americanas com os criptoativos venezuelanos no dia 09 de janeiro deste ano.

O presidente da RACIB, Yuri Pripachkin, disse que enquanto as sanções forem usadas como uma ferramenta de política externa, os incentivos para buscar meios alternativos de financiamento vão permanecer.

Mesmo com tanta difamação internacional, e perigos iminentes de sanções, Maduro segue firme na moeda nacional.

Recentemente ele abriu caminho para a criação de várias exchanges no país. Logo, os venezuelanos vão poder comprar a Petro com (os decadentes) bolívares.

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