Sam Bankman-Fried, o criador da quebrada corretora FTX, tomou US$ 1 bilhão emprestados da Alameda Research, a firma de investimento do grupo FTX – um volume que pode vindo de investimentos feitos pelos clientes da exchange. As informações estão na documentação apresentada à Justiça dos Estados Unidos por John J. Ray III, o novo CEO da companhia.
A documentação afirma que Sam recebeu US$ 1 bilhão como “empréstimo”, se explicar os motivos do movimento financeiro. Nishad Singh, diretor de engenharia da FTX, tomou emprestados outros US$ 543 milhões.
Nesta quinta-feira (17), John J. Ray III fez comunicados no processo de recuperação judicial da empresa criticando a gestão feita Sam Bankman-Fried, criador da exchange e seu antecessor no cargo
“Nunca na minha carreira eu vi uma falha tão completa de controles corporativos e tanta ausência de informações financeiras confiáveis como ocorre aqui”, afirmou o executivo.
“De sistemas compromissados e uma fiscalização regulatória fraca até a concentração de poder na mão de poucos indivíduos inexperientes, pouco sofisticados e potencialmente compromissados, a situação não tem precedentes”, completou.
Rota do dinheiro: do cliente para o bolso de SBF
Juntando as peças, os indícios apontam que o dinheiro que SBF e Singh receberam vieram diretamente dos bolsos de clientes da FTX. Isso porque o criador da corretora deu uma entrevista para o portal Vox no qual disse que o dinheiro de clientes da corrretora era processado via Alameda justamente pela falta de uma conta bancária.
“É como se fosse ‘ah, a FTX não tem uma conta bancária. Eu acho que as pessoas podem transferir para a Alameda para colocar o dinheiro na FTX’. Três anos depois: ‘Caramba, parece que as pessoas transferiram US$ 8 bilhões para a Alameda e, meu Deus, nós basicamente esquecemos da conta que corresponde à essa e por isso nunca foi entregue para a FTX”, afirmou SBF.
Esse ponto parece ser importante na história da empresa. Ray, o novo CEO, afirma que a empresa simplesmente não tinha uma lista correta de todas as suas contas bancárias e sequer um registro completo de quem trabalhou para a companhia – o que torna a transação ainda mais suspeita.
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