Criador da FTX enviou US$ 684 mil para conta em corretora obscura durante prisão domiciliar

Exchange de destino não possui KYC; movimento revelado pela imprensa dos EUA é violação de regras da prisão domiciliar do executivo
Imagem da matéria: Criador da FTX enviou US$ 684 mil para conta em corretora obscura durante prisão domiciliar

SBF durante entrevista ao NYT (Foto: Reprodução/The New York Times)

O criador da FTX, Sam Bankman-Fried, enviou 570 Ethers (ETH) para a conta de uma corretora obscura sediada nas Ilhas Seychelles que não tem protocolo de KYC (Conheça o Seu Cliente, em português), segundo informações divulgadas na imprensa dos EUA nesta sexta-feira (30).

A movimentação poderia indicar a intenção de sacar anonimamente o dinheiro e seria a violação de uma das condições de sua atual prisão domiciliar – não realizar grandes transações com criptomoedas

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O montante equivale a US$ 684 mil e a movimentação teria sido identificada por meio de análises on-chain de movimentações na blockchain Ethereum, conforme aponta o portal Forkast.

O envio teria sido feito na quarta-feira (28) por meio do Ren Protocol, sistema que faz ponte entre diferentes blockchains. Todos os tokens de Ether foram enviados da chave pública de SBF para uma conta criada horas antes.

Além disso, a carteira recebeu mais de 100 depósitos totalizando US$ 367 mil vindos de 32 endereços ligados a Alameda Research, braço de de investimentos do grupo FTX que teve papel principal no colapso das empresas.

Acusações contra o líder da FTX

Bankman-Fried, conhecido como SBF na comunidade cripto, está enfrentando oito acusações criminais, incluindo fraude eletrônica e conspiração para cometer lavagem de dinheiro.

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Bankman-Fried foi libertado na semana passada sob fiança pré-julgamento de $ 250 milhões, depois de ser extraditado para os EUA das Bahamas, onde a FTX está sediada.

Bankman-Fried se tornou uma das pessoas mais ricas do mundo com seu império na FTX. Mas a empresa implodiu no mês passado – de longe a queda mais dramática da história da indústria de criptomoedas – levando consigo a maior parte do mercado.

Alega-se que Bankman-Fried cometeu fraude usando fundos de investidores da exchenge para fazer apostas arriscadas por meio da subsidiária Alameda Research, que ele também fundou.

A Unidade de Fraudes Complexas e Crimes Cibernéticos do Ministério Público do Distrito Sul de Nova York está cuidando do caso.

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