“Eu vou falar hoje de uma empresa que o sr. Rodrigo Marques sabe da sua existência”, foi deste modo que o advogado Artêmio Picanço Neto anunciou num vídeo veiculado no Youtube que o criador da Atlas Quantum teria uma empresa offshore no Uruguai.
O advogado lembrou da história de que Marques teria um suposto passaporte uruguaio, o qual ele disse não saber se é verdade. Por outro lado, ele compartilhou um link contendo um documento apontando que uma determinada empresa no Uruguai é de fato de Rodrigo Marques.
O documento em questão é uma certidão da Dirección General Impositiva(DGI), a Receita Federal uruguaia. Picanço, porém, colocou tarjas sobre algumas informações como o nome da empresa. No entanto, consta na certidão o nome e o passaporte de Marques.
Da Atlas Quantum à Offshore uruguaia
No vídeo, o advogado mencionou que não divulgaria o nome da empresa, mas afirmou que o endereço da empresa uruguaia de Marques é o mesmo de uma em pessoas do cartel de Juárez atuavam.
“Eu não vou afirmar se tem coligação com isso ou não. Mas coloquem no Google ‘Colônia 981/305 Cártel de Juárez. Você vai encontrar uma matéria de 2001 sobre narcolavagem de dinheiro”.
Picanço nisso afirmou que não está dizendo que Marques “tenha feito isso diretamente, mas que irá prestar esclarecimento sobre essa offshore”.
Ligação perigosa
Segundo uma reportagem feita naquele ano de 2001, publicada pelo site La Red21, a empresa descoberta com ligação com a lavagem de dinheiro de narcóticos era a Financeira Estarey, a qual foi constituida em 03 de abril de 1995. Essa empresa operava como uma corretora de câmbio, com atuação na bolsa de valores e negociações de ouro.
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A Financeira Estarey, porém, era presidida por Nicolás Di Tullio e já teve como diretores Martha Otero, Judith Viera e Graciela Sabella.
Explicando direito
O Portal do Bitcoin entrou em contato com o advogado o qual mencionou que tem absoluta certeza que a empresa pertence ao Rodrigo marques e para provar isso ele deixou a informação do passaporte no documento da DGI à mostra.
“A empresa é dele sim. É o mesmo Rodrigo Marques”, disse.
Picanço explicou que ele chegou a esse documento depois de uma longa investigação. Tudo teria começado de um contrato de mútuo, pelo qual Marques venderia a Phoenix. O advogado teve “acesso a esse contrato de mútuo conversível para a venda” dessa empresa.
A questão, no entanto, é que “ao invés de Marques vender a Phoenix como se fosse um produto da Atlas, ele ofereceu esse empresa offshore”, conforme narrou o advogado. A partir de então, Picanço correu atrás das informações dessa offshore. Ele disse que teve de pagar um advogado do Uruguai para obter tal informação e ainda pagar pela consulta pública que deveria ser feita junto à DGI.
“Por meio disso paguei advogado de fora. Fiz uma consulta pública. Lá a pessoa tem de pedir uma consulta e o serviço é pago”, afirmou.