O mês de janeiro de 2023 foi o segundo pior para demissões de cripto, com uma nova onda de dispensas atingindo a indústria, com até 2.806 pessoas perdendo seus empregos, de acordo com um novo relatório do CoinGecko.
O número total de demissões que a indústria cripto viu no mês passado também pode colocar 2023 no caminho para superar as quase 7.000 dispensas do ano passado, de acordo com a pesquisa, à medida que o “mercado de baixa e as duras condições macroeconômicas globais continuam a espremer os resultados das empresas.”
Desses números de janeiro, 84% de todas as demissões foram em exchanges centralizadas de cripto, com os pesquisadores citando volumes de negociação mais baixos e receitas em declínio como principais razões por trás das demissões.
Corretores fazem cortes pesados
As principais exchanges de criptomoedas que anunciaram reduções no número de funcionários em janeiro incluíram Huobi, Coinbase, Blockchain.com, Crypto.com, e Luno. Para algumas delas, o mês passado não foi a primeira onda de demissões, já que a Coinbase e a Crypto.com começaram os layoffs em junho de 2022.
“Durante a alta do mercado, as exchanges de criptomoedas se expandiram agressivamente em resposta ao rápido crescimento da demanda de investidores de varejo”, disse o COO e cofundador da CoinGecko, Bobby Ong, ao Decrypt.
“Embora as empresas de criptoativos, em geral, tenham sido duramente atingidas pelo início do inverno cripto em meio a um ambiente macroeconômico difícil, as demissões revelaram que as exchanges, em particular, estavam ‘escondendo algumas coisas’ e não podem mais sustentar seus excessos anteriores.”
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Como o mercado cripto recuperou algumas de suas perdas anteriores em janeiro, com o Bitcoin ganhando quase 40% em valor, “resta saber se as exchanges precisarão tomar outras medidas de corte de custos”, disse Ong.
Junho de 2022 ainda está no topo do gráfico com o mês recorde de cortes de empregos com 3.003, já que a indústria cripto estava enfrentando sua primeira grande crise do ano após o colapso do ecossistema Terra.
Houve uma maior pressão sobre o setor em novembro, com o colapso da FTX e a propagação do contágio, e outros 1.805 trabalhadores perderam os seus empregos. As exchanges centralizadas de criptomoedas representaram 82,2% das demissões de novembro na época, de acordo com o relatório da CoinGecko.
Ainda assim, os cortes de empregos no setor cripto estão geralmente seguindo a tendência mais ampla do setor de tecnologia, com as empresas de criptomoedas respondendo por 4,3% de todas as demissões de tecnologia no ano passado.
Em janeiro deste ano, o número foi ligeiramente inferior, com 4% de todas as demissões de tecnologia, com os setores de tecnologia de consumo, foodtech e transporte sendo os mais atingidos por esses cortes de força de trabalho.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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