A corretora ZB.com, que se descreve nas redes sociais como “a mais segura do mundo”, parece ter sido alvo nesta quarta-feira (3) de um ataque hacker que roubou US$ 4,8 milhões em criptomoedas das carteiras da plataforma.
As movimentações suspeitas foram divulgadas pela empresa de segurança blockchain PeckShield que notou grandes quantias de 20 criptomoedas diferentes, como Tether (USDT), Axie Infinity (AXS), Shiba Inu (SHIB), Chiliz (CHZ), Curve (CRZ) e USD Coin (USDC), saindo de uma hot wallet da corretora para uma carteira desconhecida.
De acordo com o rastreamento feito pelo perfil @chuchuprotocol no Twitter, logo que as moedas foram retiradas da ZB, a maior parte foi liquidada em exchanges descentralizadas (DEX) e convertida por Ethereum (ETH).
Com essas vendas, o suposto hacker obteve 2,224 ETH (cerca de US$ 3,7 milhões) que foram transferidos para uma outra carteira, na qual os tokens permanecem parados até a tarde desta quarta-feira (3). A carteira original usada para receber os fundos da corretora, também continua armazenando cerca de US$ 1 milhão em criptomoedas roubadas.
O silêncio da ZB.com
A corretora ZB.com ainda não emitiu qualquer anúncio para confirmar ou desmentir o ataque hacker.
No Twitter, onde o perfil da empresa acumula mais de 100 mil seguidores, a última mensagem publicada na manhã de ontem (2) avisava aos clientes que os saques e depósitos seriam suspensos na plataforma, “devido a uma falha repentina de alguns aplicativos principais”.
A curta nota pede aos usuários a não depositar fundos na corretora até que os problemas fossem solucionados, sem dar qualquer detalhe sobre a falha que tentava eliminar.
A falta de uma comunicação mais transparente da empresa levantou suspeitas de alguns membros da comunidade cripto que questionam se a transferência de fundos não representa um exit scam — golpe no qual uma empresa desaparece após roubar os próprios clientes.
A ZB.com, no entanto, é uma das corretoras mais antigas do mercado cripto, anteriormente chamada de CHBTC.com. Segundo o The Block, a empresa por trás da plataforma era baseada na China. Quando o país asiático baniu as negociações de criptomoedas em 2017, a ZB estava entre as corretoras que tiveram de deixar seu país natal para seguir operando no mercado.
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