Imagem da matéria: Corretora OKX lista BNB, criptomoeda da rival Binance
Foto: Shutterstock

A corretora de criptomoedas OKX anunciou nesta terça-feira (20) que vai listar na sua plataforma de negociação a Binance Coin (BNB), criptomoeda nativa Binance, uma exchange concorrente que compartilha a origem chinesa.

O anúncio feito no blog da OKX informa que BNB está disponível para negociação no mercado à vista (spot) a partir da meia-noite (horário de Brasília) de quarta-feira (21), com os depósitos de BNB disponíveis um dia antes da listagem já nesta terça (20) e os saques liberados um dia depois (22).

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A corretora lista na publicação as utilidades da BNB para explicar as razões que a levaram a trazer o ativo a sua plataforma.

“Projetado para ser usado para redução de taxas na Binance, seu escopo foi estendido ao longo dos anos. BNB alimenta a Binance Chain como seu token de rede nativo e  é usado para pagar taxas em DEXs da Binance, emitir novos tokens, enviar/cancelar pedidos e transferir ativos”, diz trecho da nota.

De toda forma, o movimento chama atenção já não é raro que exchanges de criptomoedas se neguem a listar o token nativo de suas concorrentes diretas. A Binance, por exemplo, não lista OKB, que é o token nativo da OKX (ex-OKEx).

Semana complicada para Binance

O preço da BNB reagiu pouco à listagem na OKX, subindo apenas 0,2% nas últimas 24 horas, segundo o CoinMarketCap. Por outro lado, a desvalorização da criptomoeda na semana chega a superar 11% à medida que polêmicas em torno da Binance dominam as manchetes nas últimas semanas.

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A agência de notícias Reuters publicou uma reportagem na segunda-feira (19) que tenta averiguar as contas declaradas pela Binance nos 14 países onde a empresa de criptomoedas afirma possuir algum tipo de licença para operar.

O que a reportagem descobriu, ao solicitar documentos nas mais diferentes jurisdições, foi que as contas da Binance são uma “caixa preta” até mesmo para os locais onde a corretora possui algum tipo de “licenças regulatórias, registros, autorizações e aprovações”.

Nenhum registro mostra, por exemplo, quanto dinheiro flui entre as carteiras da Binance global (Binance.com) e as filiais em diferentes países. 

Essa preocupação sobre quão independentes são as unidades locais da Binance ganhou uma atenção particular no final de semana, após a comunidade cripto identificar um fluxo atípico de dinheiro se movendo entre carteiras controladas pela Binance e Binance.US, após a última suspender temporariamente os saques de USDT.

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Atípico porque a Binance.US é apresentada aos reguladores americanos como uma entidade totalmente independente e que, na teoria, não teria suas reservas de criptomoedas misturadas com as da Binance global.

Esse caso fez o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, bloquear o investigador de blockchain Mike Burgersburg por mostrar evidências de que a Binance e sua filial nos EUA misturam fundos dos clientes.

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