Pela primeira vez um alto órgão do governo chinês discutiu sobre a repressão à mineração e negociação de bitcoin no país. Em uma nota oficial emitida nesta sexta-feira (21), Conselho de Estado da China discutiu maneiras de prevenir e controlar com “firmeza” os riscos financeiros no contexto pós-pandemia.
As instituições de pagamentos e financeiras foram proibidas de operarem com criptomoedas em 2013, ordem que foi reforçada em 2017 e nesta semana. Contudo, a indústria da mineração ficou intocada — até agora.
O jornalista chinês Wu Blockchain, conhecido pela cobertura do mercado asiático e o primeiro a divulgar a informação, lembrou no Twitter que é a primeira vez que nível mais alto da burocracia do país comunista claramente propõe algo contra a mineração de criptomoedas.
Na análise de Wu, ainda é difícil medir a impacto da medida, mas é possível que a atividade venha a ser proibida e que as corretoras de criptomoedas também sejam impactadas.
O efeito no preço já está sendo sentido no mercado: em menos de uma hora o bitcoin caiu 8% está sendo negociado a cerca de US$ 37.500 mil.
A reunião do comitê de Desenvolvimento e Estabilidade Financeira tinha como objetivo deliberar sobre a condução do sistema financeiro do país e discutir o uso de ferramentas de política monetária para manter uma liquidez razoável, prevenir riscos e promover um ciclo econômico positivo.
Outro ponto discutido foi o de prevenir e controlar com firmeza os riscos financeiros. É nesse ponto em que o bitcoin é citado:
“Fortalecer a varredura abrangente e alerta antecipado de riscos financeiros, promover a reforma de pequenas e médias instituições financeiras, focar na redução de riscos de crédito, fortalecer a supervisão das atividades financeiras das empresas de plataforma, reprimir a mineração de Bitcoin e comportamento comercial, e prevenir resolutamente a transmissão dos riscos individuais para o campo social.”
*Em atualização
Entenda a mineração de bitcoin: