Conar mandou Flow Podcast retirar patrocínio de marca de tabaco para narguilé

O canal só recebeu uma advertência sobre a proibição de fazer propaganda de produto com fumo
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Foto: Shutterstock

O canal Flow Podcast teve de abrir mão de um patrocínio vindo da marca de narguilé Smyrna, depois de denúncia feita em agosto ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) por publicidade ilegal de fumo. 

De acordo com um vídeo veiculado pelos integrantes do Flow Podcast no Youtube, essa foi  publicidade que deu muito errado. Os apresentadores Igor “3k” Coelho e Bruno “Monark” Aiub falaram sobre a situação. Bruno “Monark” disse que haviam contratado um advogado e o problema não foi tão grande. Eles ficaram com medo de a coisa ficar pior e terminarem multados.

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O órgão, no entanto, apenas deu uma advertência, conforme contou Monark:

“Ficou só como aviso. Eles não multaram a gente”. 

Igor “3k” afirmou que eles não sabiam da proibição de se fazer propaganda com produto de tabaco, mas assim que souberam da irregularidade retiraram a propaganda do ar.

“Eu descobri depois que não pode fazer propaganda de produto de tabaco”, disse.

Segundo Igor “3k” isso ocorreu antes mesmo de receberem a notificação do Conar:

“A gente já tinha parado. Quando a gente se ligou que era ilegal, falamos com os caras que não iria fazer. Logo depois a gente recebeu a denúncia”.

PATROCÍNIO QUE DEU MUITO ERRADO | Cortes do Flow

Igor “3k” afirmou que tudo começou por meio de uma denúncia levada até o Conar por um consumidor. Essa denúncia que o youtuber se refere acabou se transformando num processo administrativo. A decisão foi nada favorável para o canal.

Decisão do Conar

Em agosto deste ano, o órgão entendeu que a propaganda viola a legislação que proíbe qualquer anúncio de produto com tabaco e deveria sair do ar. A decisão foi do Conselheiro André Porto Alegre, da Segunda Câmara do Conar. Os demais conselheiros acompanharam unanimemente o voto do relator.  

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Na decisão consta que o Cortes do Flow chegou a alegar que não estava fazendo propaganda, mas apenas “uma conversa sobre o produto, não considerando ter havido  publicidade, mesmo porque o canal não tem fins comerciais”.

Essas alegações, contudo, foram refutadas por Porto Alegre. O conselheiro afirmou que há um “veto legal à publicidade de qualquer produto destinado ao fumo”.