Comunidade decide acabar com emissão da versão original da stablecoin UST

Cerca de 59% dos eleitores foram a favor da mudança que ocorre um ano após o colapso do ecossistema Terra
luna

Foto: Shutterstock

A comunidade da Terra Classic votou pelo fim da emissão e a recriação dos tokens Terra Classic USD (USTC), a antiga versão da stablecoin algorítmica UST. Há um ano, esse ativo entrou em colapso e provocou uma crise generalizada nos mercados de criptomoedas.

A semana de votação sobre o fim ou não do token foi concluída no dia 21 de setembro e terminou com cerca de 59% da comunidade a favor do fim de todas as atividades de cunhagem. Cerca de 40% votaram contra a proposta, enquanto pouco menos de 7% dos eleitores optaram por se abster.

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Em um post, a comunidade disse que a proposta visa “proteger a comunidade e os investidores externos que estão queimando o USTC” para alcançar uma re-indexação. Qualquer forma de cunhagem, disse, iria “completamente contra qualquer esforço da comunidade.” 

A queda do UST

Em maio passado, a stablecoin UST entrou em colapso espetacularmente depois que o token de governança LUNA perdeu sua indexação, fazendo com que os detentores do token buscassem por uma saída. Após a perda de paridade, o UST — que já foi a quarta maior stablecoin por capitalização de mercado — entrou em colapso para cerca de US$ 0,13, e o valor de LUNA atingiu uma fração de centavo. 

Das cinzas do ecossistema Terra, a comunidade Terra Classic emergiu como uma rede separada que permitiu o staking de LUNA em sua blockchain. Apesar do colapso da rede original, Luna ainda tem um valor de mercado estimado em pouco mais de US$ 361 milhões, de acordo com o CoinGecko.

O projeto recebeu um impulso em janeiro, quando a Binance concordou em apoiar uma atualização para a rede que eliminaria a recunhagem de tokens queimados Terra Luna Classic (LUNC). Esta proposta foi apoiada por uma maioria de 66% dos eleitores da rede, com cerca de 96% votando a favor da atualização.

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Na proposta mais recente, a comunidade Terra Classic disse que o movimento “abre a porta para instituições como a Binance começarem a queimar o USTC” com o conhecimento de que qualquer cunhagem e recunhagem acabou.

A queima é o processo de remover um token de criptomoeda de circulação e enviá-lo para uma carteira da qual ele nunca pode ser recuperado, também conhecido como endereço de gravação. 

Dados do Coingecko mostram que a Binance representa cerca de 26% de todo o volume de negociação da LUNC e que ainda circulam cerca de 5,8 trilhões de tokens LUNC.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.