Coinbase rompe laços com escritórios de advocacia que contratam oficiais “anticripto” da SEC

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, apontou para o Milbank, um escritório de advocacia global que recentemente contratou um ex-executivo da SEC
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Foto: Shutterstock

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, traçou uma linha firme na areia ao anunciar que a corretora de criptomoedas rompeu relações com escritórios de advocacia que empregam ex-funcionários da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) que, segundo ele, lideraram uma campanha para “destruir ilegalmente” a indústria de criptomoedas.

“Informamos a todos os escritórios de advocacia com os quais trabalhamos que, se contratarem alguém que cometeu esses atos na administração (em breve) anterior, não seremos mais seus clientes”, escreveu Armstrong na plataforma X na segunda-feira (2).

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O entusiasta das criptomoedas apontou especificamente para o Milbank, um escritório de advocacia global com sede em Nova York, que recentemente contratou Gurbir Grewal, ex-chefe da Divisão de Execução da SEC, como sócio.

Durante seu tempo na SEC, Grewal supervisionou um aumento nas ações regulatórias contra empresas de criptomoedas, incluindo processos contra a Coinbase e a Binance.

Armstrong foi direto sobre a decisão: “O Milbank recentemente errou feio ao contratar Gurbir. Não trabalhamos mais com eles (e nunca trabalharemos enquanto ele estiver lá)”.

“É uma violação ética, na minha visão, tentar destruir ilegalmente uma indústria enquanto se recusa a publicar regras claras”, continuou Armstrong, referindo-se ao que ele considera ações injustificadas da SEC durante o mandato de Grewal.

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A SEC iniciou mais de 100 ações de fiscalização sob a liderança de Grewal, que defendeu sua abordagem como essencial para combater fraudes e proteger investidores.

Armstrong, no entanto, criticou isso como um excesso e destacou a falta de regras claras para o setor. “Se você estava em um cargo sênior lá, não pode dizer que estava apenas seguindo ordens. Eles tinham a opção de deixar a SEC, e muitas pessoas boas fizeram isso”, afirmou.

O CEO da Coinbase também enfatizou que, embora não acredite em ostracizar permanentemente indivíduos, a indústria de criptomoedas deve evitar apoiar empresas que empreguem figuras que trabalharam contra o setor.

“Informem seus escritórios de advocacia que contratar essas pessoas significa perder vocês como clientes”, ele exortou a comunidade cripto.

Os comentários do magnata das criptomoedas surgem em meio a mudanças significativas na liderança da SEC.

O presidente da SEC, Gary Gensler, que enfrentou críticas por sua abordagem pesada de fiscalização à regulamentação de criptomoedas, anunciou sua renúncia, com vigência em 20 de janeiro de 2025, dia da posse do presidente eleito Donald Trump.

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Somando-se ao êxodo de liderança, o comissário da SEC, Jaime Lizárraga, também anunciou sua renúncia, com efeito em 17 de janeiro de 2025, citando razões pessoais.

Embora as regras bipartidárias exijam pelo menos um comissário democrata, Trump terá a oportunidade de nomear novos membros, potencialmente direcionando a SEC para uma postura mais favorável às criptomoedas.

*Traduzido com autorização do Decrypt.

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