China fez certo ao banir as criptomoedas, diz bilionário sócio de Warren Buffett

Lendário investidor Charlie Munger criticou novamente as criptomeodas, afirmando que queria que nunca tivessem existido
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Sócio de Warren Buffett, Charlie Munger (Foto: Shutterstock)

Charlie Munger, um grande investidor bilionário e vice-presidente do Berkshire Hathaway, criticou novamente criptomoedas, como o bitcoin (BTC), enquanto apoia a decisão da China em banir grande parte da atividade relacionada a cripto no país.

“Os chineses tomaram a decisão corretora, que é simplesmente bani-las”, disse Munger na conferência Sohn Hearts & Minds Investment em Sydney, de acordo com o Australian Financial Review.

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Este ano, a China apresentou uma enorme repressão à indústria cripto, forçando grandes operadores de mineração de bitcoin a deixarem o país.

A negociação cripto e outras atividades relacionadas a criptoativos também foram banidas na China, resultando em uma grande mudança no ambiente cripto global.

Algumas das políticas recentes da China atingiram empresas mais tradicionais, como Alibaba e Tencent, cujo preço de ações despencou ao longo do ano.

Apesar das preocupações dos investidores, Munger acredita que a China agiu “de forma adulta”.

O bilionário explicou que quer “ganhar [seu] dinheiro ao vender às pessoas coisas que são boas para elas, e não coisas que são ruins para elas”.

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Munger até disse que queria que criptoativos nunca tivessem sido inventados e que o ambiente de investimento criado pela emergente tecnologia atingiu níveis de extremidade, comparando o setor à febre das pontocom na década de 1990.

“Acredito que a febre das pontocom foi mais maluca em termos de avaliações do que qualquer uma que temos agora. Porém, ao todo, considero essa era [cripto] bem mais louca do que a era das pontocom”, afirmou.

Munger e o bitcoin

Essa não foi a primeira vez que Munger criticou as criptomoedas.

Este ano, o magnata de 97 anos de idade admitiu que odeia o bitcoin e que “todo o maldito desenvolvimento é nojento e contrário aos interesses da civilização”.

O bitcoin, a criptomoedas mais antiga e mais popular do mundo, possui uma capitalização de mercado de mais de US$ 1 trilhão. Neste momento, 1 BTC equivale a US$ 57 mil, tendo subido 197% no último ano, de acordo com o site CoinGecko.

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Munger destacou essa abordagem em seu discurso mais recente, afirmando que pessoas que estão investindo em criptomoedas não estão pensando nos consumidores, e sim apenas em si mesmos.

“Olhe para eles. Eu não queria que nenhum deles fizesse parte da minha família”, acrescentou.

Embora a opinião de Munger sobre cripto repercuta a de muitos legisladores e participantes das finanças tradicionais, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, revelou que não tem intenção de seguir o exemplo da China e banir criptomoedas.

Uma abordagem mais apropriada, segundo Powell, seria regulamentar áreas específicas da indústria, como stablecoins, que ele comparou a depósitos bancários.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização de Decrypt.co.