CEO de corretora de criptomoedas é indiciado por fraude pelo governo dos Estados Unidos

Paul E. Vernon, da Cryptsy, teria hackeado base de dados da empresa para tentar encobrir práticas ilegais
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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou nesta quarta-feira (26) 17 acusações contra Paul E. Vernon, que foi CEO da exchange Cryptsy. O executivo é acusado de fraude, evasão fiscal, lavagem de dinheiro e adulteração de provas.

Mas o mais notório na acusação é como Vernon teria cometido os crimes: ele usou o acesso que tinha como CEO para roubar US$ 1 milhão de wallets de clientes entre maio de 2013 e maio de 2015.

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E a história vai ficando mais cinematográfica. Vernon depositou tudo em uma wallet pessoal e transferiu o dinheiro para uma conta de banco.

No dia 29 de julho, Vernon disse aos funcionários da exchange que a corretora havia sido hackeada – ao que tudo indica para mascarar o próprio roubo.

Em novembro de 2015 o executivo se mudou de forma repentina para a China.

E o grand finale foi em abril de 2016. Vernon ficou sabendo que a Cryptsy passaria por uma “receivership”, procedimento parecido com recuperação judicial: a Justiça aponta alguém para gerir a empresa de modo que os credores e investidores possam recuperar o dinheiro.

O CEO então hackeou os servidores da empresa e destruiu toda a base de dados para encobrir seus crimes – e com isso, destruiu os dados dos clientes junto.

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O Departamento de Justiça também afirma que Vernon mentiu nas declarações de imposto de renda de 2014 e 2015 e que o empresário deve muito mais impostos do que informou no documento.