CEO da Ripple diz que cada transação de Bitcoin custa 75 galões de gasolina

Críticas à mineração têm sido frequentes no mercado
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Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, afirmou numa entrevista recente à Bloomberg que cada transação de Bitcoin (BTC) consome uma energia equivalente a 75 galões de gasolina.

Durante a conversa com a publicação, o empresário atacou o aspecto ambiental da mineração da criptomoeda. “Enquanto o preço do Bitcoin sobe, a energia consumida e a pegada de carbono do sistema de prova de trabalho também escalam de forma agressiva”, disse ele.

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“Também não podemos nos esquecer que cada transação com a moeda equivale a 75 galões de gasolina sendo queimados”, concluiu Garlinghouse, em relação ao criptoativo.

Entrevista de Brad Garlinghouse à Bloomberg (Twitter)

Os galões são utilizados nos Estados Unidos como unidade de medida para a compra dos combustíveis. Cada um deles equivale a, aproximadamente, 3,78 litros. Dessa maneira, 75 galões de gasolina são o mesmo que 283,5 litros de combustível.

Por outro lado, o CEO da empresa que produz a criptomoeda XRP não apresentou os dados que corroboram as suas afirmações.

Bitcoin é alvo de críticas por consumo de energia

A blockchain do Bitcoin tem recebido críticas por parte de pessoas e entidades devido ao seu consumo de energia.

Recentemente, um estudo do Centro das Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (Inglaterra) revelou que a rede gasta mais energia, em um ano, do que a Argentina inteira.

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Além disso, a Digiconomist estima que cada transação de Bitcoin consome 856,73 kWh, o que equivale ao gasto energético médio de uma casa americana por 26 dias.

O outro lado da moeda

A mineração de Bitcoin requer um gasto de energia relativamente alto. Isso se dá por conta do código da moeda e é uma forma de tornar a rede mais segura.

Entretanto, especialistas como o Marcel Pechman, que é trader e colunista do Portal do Bitcoin, apontam para inconsistências nesse tipo de apuração crítica. “Na realidade, as secadoras de roupa, só nos EUA, consomem esta mesma energia”, afirmou ele num texto recente.

Nessa linha, o próprio Centro de Cambridge afirma que a energia gasta pelos aparelhos domésticos que ficam em “stand-by”, nos Estados Unidos, em um ano, poderia sustentar a mineração de Bitcoin por 1 ano e 7 meses.