Imagem da matéria: Celso Russomanno: "Não conheço uma pessoa que conseguiu transformar bitcoins em reais"
Deputado e apresentador da Record, Celso Russomanno (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

“Muita gente ficou zangada porque eu disse que investir em Bitcoin é inseguro”, disse o deputador e apresentador Celso Russomanno no sábado (08) durante o quadro Patrulha do Consumidor do programa Cidade Alerta, da Record TV. 

Embora não tenha nomeado, Russomanno estava reagindo a uma nota enviada a sua equipe pela ABCripto, associação que reúne empresas do setor, sobre suas declarações feita em um programa anterior no qual afirmou que quem ganha dinheiro com bitcoin é golpista.

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“Eu quero ver resgatar e transformar em real”, prosseguiu, com um exemplo ligado à Genbit, empresa que usou criptomoedas como isca para uma fraude. É por isso que a visão do apresentador sobre bitcoin está ligada a centenas de pessoas que foram lesadas.

“E gostaria de ver”, acrescentou, “porque todas as pessoas que me procuraram foram vítimas de golpe com moedas criptografadas”. Falando desta forma, Russomanno associa a tecnologia das criptomoedas como algo errado. E foi por isso que ele foi criticado.

Essa confusão, contudo, se dá pelo fato de muitos golpistas, como os dos casos Genbit, Unick Forex, por exemplo, terem usado o Bitcoin como isca, dada à grande valorização da criptomoeda nos últimos anos.

O equívoco mostra que ele confunde a tecnologia com os velhos esquemas de pirâmide. O mercado de criptomoedas movimenta de forma lícita bilhões diariamente.

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“Eu vou deixar claro aqui. Pode até ser que tenha gente séria nesse mercado, mas eu vou continuar dizendo que uma moeda virtual não tem garantia”, ressaltou.

Russomano diz onde está o líder Genbit

Na sequência do programa, ele volta a falar de Nivaldo Gonzaga dos Santos, o criador do golpe que provocou toda a confusão. “Nós já sabemos onde está o Nivaldo, ele está em São José do Ribeirão Preto”, afirmou Russomanno no final do programa. Segundo ele, há também uma instituição financeira envolvida no esquema.

Apontando para a foto de Nivaldo Gonzaga no mesmo programa no fim do mês passado, o apresentador disse: “Nós queremos ele”.

No primeiro programa sobre o tema, quadro apresentou novas vítimas da pirâmide financeira Genbit, antiga Zero10 Club. O mineiro Gilsom Motoso Pereira, por exemplo, que investiu mais de R$ 200 mil acreditando ser um negócio sério, falou com a reportagem do Portal do Bitcoin.

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“O Diabo veio para matar, roubar e destruir, e foi isso que o Nivaldo fez. Ele acabou com a vida de muitas pessoas, destruiu vários sonhos”. Conforme explicou, ele confiou no negócio porque as pessoas ligadas a Nivaldo diziam que ele era ‘servo de Deus’.

De um investimento de R$ 212 mil, que receberia de volta 36 parcelas de R$ 3.600,00, Gilsom recebeu apenas duas. O dinheiro evaporou quando a Genbit o transformou num token chamado TPK, sem valor de mercado.

O fim da Genbit não está sendo diferente de tantos outros casos controversos que vieram à tona nos últimos tempos no Brasil. Unick Forex e Indeal, por exemplo, são entidades protagonistas de casos similares na Justiça.

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