A Cboe Global Markets, principal bolsa de futuros dos EUA, emitiu comunicado aos investidores de que a partir desse mês não adicionará novos contratos futuros de Bitcoin.
Segundo informações da CNBC, o documento foi expedido na última semana. Por meio dele, a Cboe Futures Exchange afirma que não pretende atualmente listar contratos futuros adicionais da criptomoeda para negociação.
Ela, entretanto, não descartou a possibilidade de outros derivativos de criptomoedas, e “está avaliando” sua abordagem de como pretende continuar.
Apesar de não mais listar novos contratos futuros em bitcoins (XBT), a empresa norte-americana assegurou que aqueles já listados anteriormente permanecem disponíveis para negociação, mas o último deles expira em junho.
Os contratos futuros são uma espécie de aposta de investidores sobre o valor de certa commodity, nesse caso o bitcoin. A cada mês, esses contratos expiram e aquela empresa que faz o lançamento precisa listar mais continuamente, se quiser manter o mercado vivo.
A Cboe Global Markets foi a empresa que lançou os primeiros contratos futuros de bitcoin em dezembro de 2017. Nesse período havia uma hype sobre a criptomoeda.
Onda dos futuros em bitcoins
Quando os futuros foram lançados em dezembro de 2017, o bitcoin estava sendo negociado perto de US$ 17mil e a Cboe Global Market resolveu surfar nessa onda. Conseguiu ir bem até o ápice do negócio, quando o bitcoin chegou a valer US$ 20 mil.
Não durou muito tempo e a moeda criptografada entrou em queda de mais de 80%. Hoje está avaliada em US$ 3.961 (pouco mais de R$ 15 mil).
A Cboe Global Markets, no entanto, não foi a única a entrar nessa onda. O rival CME Group, com sede em Chicago, estreou seus próprios contratos, também denominados em dólares americanos.
A CME Group não anunciou quaisquer alterações. Mas isso tem uma explicação. O volume médio de 30 dias do CME bitcoin futures ultrapassa mais de quatro vezes do que aquele que tem sido ofertado pela Cboe.
Quando eles foram introduzidos, os futuros deram aos investidores uma maneira de comprar e vender criptomoedas em um mercado regulamentado.
Os que são a favor dele disseram que seria uma maneira de atrair investidores institucionais para o mercado de bitcoin. Há poucas evidências de que isso aconteça na forma de derivados criptográficos.
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