A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) entrou com processo na Justiça do Rio de Janeiro para cobrar cerca de R$ 7,2 milhões da All Invest Consultoria Financeira e Negócios. A empresa, com sede em Goiânia, já é investigada sob suspeita de ser um esquema de pirâmide financeira.
Em fevereiro deste ano a CBF firmou contrato de R$ 12 milhões por três anos (sendo R$ 4 milhões por ano) com a All Invest para venda de naming rights da Copa Verde – torneio que reúne times das regiões Norte e Centro-Oeste do país, além do estado do Espírito Santo.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, já em março a All Invest não pagou a primeira parcela do acordo, de R$ 2 milhões. Com o calote, a CBF rescindiu o contrato e agora processa a empresa.
Os R$ 7 milhões que a confederação cobra da All Invest compreendem uma multa de 50%, referentes aos R$ 12 milhões, acrescidos de correção monetária e juros de 1% ao mês.
Caso não receba, a CBF vai pedir a penhora dos bens da empresa.
Investidores individuais também afirmam ter levado calote da All Invest, que afirmava operar fundos de investimento que garantiam lucros vultuosos em um curto espaço de tempo. Essa é uma das promessas típicas das empresas de pirâmide financeira.
A Polícia Civil de Goiás já tem uma investigação em aberto contra a All Invest por crime contra a economia popular.
O que diz a empresa
Em comunicado publicado nesta quinta-feira (28) em seu site, a All Invest promete quitar todos os débitos nas próximas 72 horas. Também acrescenta que, após fazer os pagamentos pendentes, entrará em recesso por pelo menos 60 dias para ajustes internos.
A reportagem da Folha, no entanto, cita comunicado do dia 19 de novembro no qual a All Invest dizia se comprometer a realizar os pagamentos em atraso até a última quarta-feira (27).
Ao ligar para o telefone disponível para contato no site da All Invest, ouve-se a seguinte mensagem: “este número está temporariamente programado para não receber chamadas”.
Em agosto, a All Invest culpou terceiros pelo atraso nos pagamentos aos investidores e afirmou que “a pressão da mídia afugentou novos parceiros da empresa”.
CBF não foi a única
A CBF não foi a única relação da All Invest com o futebol. O Goiás, time que disputa a Série A [primeira divisão do futebol nacional], chegou a anunciar acordo de patrocínio, mas também levou calote. O clube, no entanto, não processou a empresa.
A relação entre clubes de futebol e empresas de pirâmide financeira não é nova. Entre janeiro e maio de 2014, o Botafogo chegou a ter como patrocinadora a Telexfree, que na época já era investigada no Brasil e nos Estados Unidos.
Outra companhia suspeita desse tipo de crime foi a JJ Invest, que no começo deste ano chegou a figurar como patrocinadora do Vasco da Gama. Seu proprietário, Jonas Spritzer Amar Jaimovick, desapareceu e deixou um prejuízo de R$ 1,5 milhão nas contas de investidores.
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