Carteira antiga de Bitcoin movimenta R$ 130 milhões após 14 anos

Estariam os detentores de longo prazo se preparando para vender?
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Imagem criada por Decrypt com uso de IA

Dezenas de milhões de dólares em Bitcoin, que permaneceram intocados em carteiras desde 2011 — quando o ativo era negociado por cerca de US$ 1 —, foram movimentados após 14 anos.

Seis endereços antigos de BTC, que continham um total de 250 BTC, o equivalente a quase US$ 22 milhões (R$ 130 milhões) no preço atual, transferiram os ativos para novos destinos nesta semana, após ficarem intocados por todos esses anos.

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Dados da blockchain mostram que as carteiras são tão antigas que utilizavam endereços legacy — os primeiros usados quando o protocolo foi lançado. Atualmente, esses endereços são raramente utilizados para enviar e receber Bitcoin.

Movimentações de grandes “HODLers” podem assustar investidores, já que observadores do setor e traders frequentemente associam grandes transferências à possibilidade de venda. O Bitcoin tem sofrido quedas nas últimas semanas, à medida que investidores saem de ativos de risco, principalmente devido à guerra comercial do ex-presidente Donald Trump e à inflação persistente nos EUA.

Ainda não está claro para onde o investidor transferiu todas as moedas, mas um dos endereços foi vinculado à fintech britânica Revolut. É possível que o detentor esteja se preparando para liquidar os ativos, à medida que as incertezas macroeconômicas abalam os mercados de criptomoedas.

A carteira mais antiga recebeu 50 BTC em fevereiro de 2011, quando a moeda era cotada um pouco acima de US$ 1 — o que significa que o investidor misterioso tem ganhos não realizados superiores a 8.310.400%.

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Em 2011, o preço da mais antiga das criptomoedas ultrapassou US$ 1 e chegou a quase US$ 30 — antes de desabar novamente. O ano se encerrou com a moeda valendo pouco mais de US$ 4 por unidade.

Não se sabe a quem pertencem essas carteiras, mas grandes detentores da criptomoeda têm movimentado suas moedas recentemente. No mês passado, um endereço que possuía 50 BTC minerados há cerca de 15 anos — quando cada moeda valia cerca de US$ 0,10 — subitamente começou a transferir ativos no valor total aproximado de US$ 5 milhões.

Embora as transações de segunda-feira tenham movimentado uma quantia enorme de criptoativos, o detentor não possui reservas suficientes para ser considerado uma “baleia”: uma carteira com mais de 1.000 BTC — atualmente equivalente a quase US$ 88 milhões — é o que caracteriza um “whale” de Bitcoin.

Os dados da blockchain não revelam se esses investidores são indivíduos ou empresas.

Nesta quarta-feira (5), o Bitcoin está sendo negociado a US$ 89,4 mil após uma recuperação, depois de atingir uma mínima de US$ 81.688 na segunda-feira. O ativo ainda está mais de 20% abaixo de sua máxima histórica de janeiro, de US$ 108.786, segundo dados do CoinGecko.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.