Cada vez mais popular entre investidores, a tokenização de ativos pode englobar desde o mercado imobiliário até os direitos sobre precatórios ou contratação de jogadores de futebol. Hoje, o modelo está cada vez mais acessível à população, e cidadãos comuns já são capazes de participar de mercados que antes exigiam milhões em dinheiro para entrar.
De acordo com a pesquisa ‘Análise de Tamanho, Participação e Tendências do Mercado de Tokenização’, da empresa de inteligência Grand View Research, o segmento crescerá a uma velocidade de 24% anualmente para encerrar a década na casa dos US$ 13,5 bilhões.
Tecnicamente, tudo pode ser tokenizado. O sistema cria uma representação digital de um bem ou produto financeiro com o objetivo de facilitar a sua negociação. Cria-se, portanto, uma série de códigos com regras, requisitos e processos de identificação que, se cumpridos, permitem a compra e venda do ativo – ou pequenas partes dele.
As vantagens são muitas e chegam, agora, como uma forte tendência no segmento de energia. A boa notícia é que quem se adiantar pode sair na frente, negociando boas condições de retorno e podendo criar uma cartela sustentável de retorno das aplicações.
Tokenização no setor energético
A tokenização no setor energético dá flexibilidade maior em possibilidades de produto e resolve, entre outras coisas, problemas de liquidez, permitindo que ativos tokenizados sejam trocados todos os dias e sem fronteiras. Além disso, reduz custos indiretos com burocracia e intermediários, pois os contratos inteligentes tornam todo o processo mais rápido e seguro.
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A governança é outro ponto vantajoso para a transação nesse mercado, pois torna o processo de venda dinâmico, ampliando a transparência e a automação, tornando viável, até mesmo, a transferência internacional de tokens em apenas alguns segundos.
Com a tokenização, a segurança também se democratiza. A possibilidade de auditoria no ativo e nos documentos legais, conforme regulamentação, garante a solidez do investimento, pois requer o cumprimento dos procedimentos Know-Your-Customer (KYC) e Anti-Money Laundering (AML), bem como outras ações e divulgações exigidas pela legislação pertinente que protege os investidores.
Um exemplo dessa aplicação é a Rayons Energy, uma geradora de energia solar instalada por três mulheres na região de Planaltina (DF), responsável por fornecer até 1 megawatt (MW), potência suficiente para abastecer mil residências. Ao todo, a empresa levantou R$ 5 milhões por meio da venda de 20 bilhões de tokens precificados entre US$ 0,000066 e US$ 0,000082.
Os tokens são vantajosos para emissores e investidores e chegaram para revolucionar o mercado da energia elétrica. Para os emissores, ajudam a aumentar a liquidez dos ativos. Já para os investidores, permitem o acesso a ativos de alta performance e com menor risco. É a era digital viabilizando mais um caminho para empoderar a sociedade.
Sobre o autor
Cássio Krupinsk é CEO da BLOCKBR
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