Victor Cezarini e Dennys Xavier, do NOVO, afirmam ser os primeiros candidatos a cargos políticos no Brasil a lançar uma coleção de tokens não fungíveis (NFT). Xavier, que concorre ao cargo de deputado federal, e Cezarini, que tenta se eleger deputado estadual por Minas Gerais, criaram a coleção Cezarini&Dennys, já disponível no marketplace OpenSea.
Composta por 30 NFTs, a coleção traz as mesmas duas ilustrações dos candidatos com acessórios diferentes, como cruzes e cobras amarradas no pescoço, e chapéus em homenagem a figuras que vão desde George Washington, o 1º presidente dos EUA, a Javier Milei, deputado argentino ultraliberal, acusado poucos dias atrás de promover uma pirâmide financeira com criptomoedas.
Entre os homenageados também está Daniel Fraga, ex-youtuber anarcocapitalista que foi um dos primeiros entusiastas do bitcoin no Brasil. Neste caso, os NFTs são desenhos dos candidatos com um boné escrito “coma maçã”, uma referência ao vídeo em que Fraga aparece comendo sua fruta favorita.
Outros NFTs ligados ao setor das criptomoedas mostram a dupla aparecendo com olhos de laser, popularmente usados por bitcoiners.
A coleção foi lançada na última terça-feira (23), mas até o momento, não teve nenhum comprador. Cada um dos NFTs é vendido por 0.07 ETH, o que na atual cotação da criptomoeda fica em torno de R$ 540.
Xavier diz que o dinheiro vindo da coleção não será usado para custear a campanha eleitoral. “De um ponto de vista formal, eu não posso declarar venda de NFT para reverter como dinheiro de campanha no processo eleitoral, infelizmente”, explica.
Os fundos, portanto, serão dedicados a custear viagens e palestras que ele faz em diferentes lugares do país. “Faço palestras no Brasil inteiro para grupos de universitários e gente que gosta de política, sem cobrar nada de ninguém. Eu vou utilizar esse dinheiro [dos NFTs] exatamente para continuar esse trabalho, custeando as viagens e palestras em âmbito nacional”, conta.
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Defesa das liberdades individuais
Ao Portal do Bitcoin, o candidato Dennys Xavier, também professor da Universidade Federal de Uberlândia, explica por que escolheu essas imagens para a coleção:
“Para quem conhece um pouco a história do embate pelas liberdades no mundo, vai perceber que cada imagem representa um momento histórico, seja no Brasil como no mundo, na defesa das liberdades individuais. A parte divertida é que a pessoa consegue decifrar ali as figuras e os momentos”, conta Xavier.
Na visão dele, a aproximação com os NFTs, bem como com o setor das criptomoedas, converge com suas ideologias pessoais, e que por isso decidiu avançar na coleção junto com seu colega candidato:
“Eu me interesso pela ideia dos NFTs e dos desdobramentos que eles podem ter em relação ao mercado. Sou um radical defensor das liberdades individuais e acredito firmemente que NFTs e criptos são uma porta inafastável nesse processo de não dependermos mais tanto do Estado para fazer as coisas.”
“Quanto menos Estado, melhor”
O professor Dennys Xavier, que se define como “defensor da liberdade”, diz que as criptomoedas são uma pauta importante de sua candidatura, principalmente para que o Estado não intervenha de nenhuma forma neste mercado, nem mesmo para regulá-lo.
“Uma das minhas grandes preocupações, e eu vi isso de perto quando fui coordenador político da bancada federal do Novo em Brasília, é proteger as criptomoedas dos avanços governamentais. Combato firmemente a ideia de ter um Estado regulamentando cripto, então quanto mais liberdades tivermos, melhor”, defende o candidato.
Ele não é o único a levantar essa bandeira na sua candidatura. “Fiuza Bitcoin”, nome de urna escolhido pelo arquiteto Cleverson Fiuza, outro do candidato a deputado federal pelo Novo, também defende a “bitcoinização” do Brasil.
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