O número de pessoas querendo saber se o bitcoin morreu aumentou durante as quedas de preço da última semana, conforme mostra uma disparada de pesquisas no Google pelo termo em inglês “bitcoin dead”.
Na plataforma do Google Trends, que monitora os assuntos mais comentados do momento, é possível visualizar que as buscas por “bitcoin dead” chegaram ao nível mais alto desde a semana de 10 a 16 de dezembro de 2017.
Há cinco anos, o bitcoin apresentava uma forte queda que sucedeu um recorde de preço de US$ 20 mil — o pico daquele ciclo de alta. É essa mesma faixa de preço que agora causa pânico em parte dos investidores em 2022, mas pela baixa.
Dessa vez, o aumento das pesquisas no Google aconteceu entre os dias 12 e 18 de junho, quando a criptomoeda líder do mercado recuava e dava sinais de que poderia cair abaixo dos US$ 20 mil.
O suporte histórico de preço veio a ser rompido no sábado (19) e derrubou o preço do bitcoin para US$ 17.720, a cotação mais baixa vista desde o final de 2020.
Vale destacar que essa métrica do Google Trends rastreia as pesquisas globais pelo termo “bitcoin dead” em inglês. Entre os países que mais fizeram esse tipo de busca está Singapura, Canadá, Austrália e Estados Unidos.
No Brasil, as buscas por termos semelhantes em português como “bitcoin está morto” e “bitcoin morreu”, subiram um pouco na semana passada, mas ainda são bem menores que os níveis registrados em dezembro de 2018 e junho de 2021.
Não, o bitcoin não morreu
Em momentos em que o bitcoin registra fortes quedas de preços por um período prolongado de tempo, é comum que céticos ou pessoas fora da comunidade se precipitem em declarar a “morte” da criptomoeda.
Mas ao longo da história, o bitcoin já comprovou repetidas vezes ser forte o suficiente para sair dos ciclos de baixa — uma tarefa que dependendo das condições do mercado, podem levar meses ou até anos.
O portal 99bitcoins mostra que a morte do bitcoin já foi declarada pela menos 455 vezes desde 2010. O “obituário” do site rastreia as publicações de veículos da imprensa e personalidades conhecidas que explicitamente sugeriram o fim do criptoativo.
Segundo o site, 2017 foi o ano que o bitcoin mais “morreu”, com 124 publicações desse estilo. Embora o ativo tenha demorado três anos para “ressuscitar”, no final de 2020 conseguiu superou o recorde de preço de US$ 20 mil.
O ciclo de alta da bitcoin se estendeu até o topo histórico de novembro de 2021, quando atingiu US$ 68.789. Nesta terça (21), o preço do bitcoin é 68% inferior ao recorde, cotado a US$ 21.400, segundo o CoinMarketCap.