Já há muito tempo o Banco Central informa que quantias milionárias estão guardas e disponíveis para pessoas que esqueceram valores em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras. Muitos que já realizaram o resgate têm utilizado esses recursos para diferentes fins, incluindo investimentos em criptomoedas.
Como mostra uma matéria do portal G1, os valores disponíveis para resgate variam bastante, mas, mesmo que sejam baixos, as pessoas encontram utilidade para eles, nem que seja para comprar uma cerveja.
Em março do ano passado, o empresário Michel Lopes Del Sent, de 35 anos, descobriu que tinha R$ 170 a receber. “No meu caso, foram dois saques, um pelo CPF e outro pelo CNPJ. O valor do CPF é de R$ 72 e alguns centavos, e o do CNPJ é de R$ 100”, contou ele ao G1.
E o destino desses valores foi o investimento em criptomoedas: “Apliquei em Bitcoin. Acho que, com a alta da moeda, o valor deve ter triplicado”, concluiu.
Esses valores ficaram conhecidos como “dinheiro esquecido” e, segundo o Banco Central, já teve mais de 20 milhões de pessoas que realizaram resgates. Mesmo assim, o BC diz que ainda há R$ 8,56 bilhões disponíveis para saques por pessoas físicas e jurídicas.
E agora o BC colocou um prazo final para que sejam retirados esses valores: 16 de outubro. Depois disso, o dinheiro que não for sacado será incorporado ao Tesouro Nacional.
Ao G1, o Ministério da Fazenda informou, porém, que os interessados ainda terão um prazo de seis meses para requerer judicialmente o reconhecimento de seu direito aos depósitos.
Como consultar e resgatar o dinheiro esquecido
Para consultar se você possui algum dinheiro para ser sacado é preciso entrar no site https://valoresareceber.bcb.gov.br, o único em que é possível verificar esses valores, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
Nesse site será preciso colocar dados como CPF ou CNPJ e data de nascimento ou de abertura da empresa.
Para solicitar o saque, será preciso entrar com a conta gov.br no site acima. Os valores só serão liberados para quem fornecer uma chave PIX. Caso não tenha uma chave cadastrada, é preciso entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento.
No caso de valores a receber de pessoas falecidas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é necessário preencher um termo de responsabilidade.
Após a consulta, é preciso entrar em contato com as instituições nas quais há valores a receber e verificar os procedimentos.
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