Brasileira candidata a deputada nos EUA aceita doações em bitcoin e outras criptomoedas

Brasileira candidata a deputada nos EUA aceita doações em bitcoin e outras criptomoedas

Agatha Bacelar, de 27 anos, chegou aos Estados Unidos com um ano (Foto: Divulgação)

A brasileira Agatha Bacelar, de 27 anos, pretende ser a deputada defensora das criptomoedas e da tecnologia blockchain no Congresso americano. Morando nos EUA desde o primeiro ano de vida, ela se candidatou para as eleições primárias de 2020 pelo partido Democrata e está aceitando doações em bitcoin para seu fundo de campanha.

No entanto, as doações só podem ser feitas por americanos ou cidadãos que possuam o Green Card, a autorização para morar permanentemente nos Estados Unidos.

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Em sua página, Agatha for Congress, a candidata, que nasceu em São Paulo, argumenta que apenas 3% dos representantes na Câmara têm experiência em STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

Ela cita a falta de interesse dos congressistas pela criptoeconomia, o que para ela é um setor que pode transformar a vida das pessoas.

“Eu nunca vi as criptomoedas como uma maneira de fazer dinheiro, de enriquecer, mas como uma forma de transferir o poder, que está com as instituições, de volta para as pessoas”, disse Agatha por telefone ao Portal do Bitcoin.

Ela contou que seu primeiro contato com o bitcoin foi em 2012, quando ainda cursava o segundo ano de Design, na Universidade Stanford, e adquiriu suas primeiras criptomoedas — no ano anterior, ela havia passado por uma leitura obrigatória, ‘imposta’ pelo pai, do White Paper escrito por Satoshi Nakamoto.

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“Ele acreditou nessa tecnologia bem cedo”, frisou Agatha. Seu pai é americano e mora em São Francisco, na Califórnia. A mãe é de Minas Gerais (MG).

Brasileira na política americana

Depois dessa etapa, Agatha nunca mais largou o setor. Ampliou seus conhecimentos em blockchain trabalhando em um projeto que visava uma solução para o sistema de votação, projeto que ela ainda pretende retomar.

“Eu acho ridículo ter que ir num dia de trabalho e ficar numa longa fila e votar com papel”, disse ela, ressaltando que um sistema de votação baseado em blockchain, além de mais econômico, é mais rápido e seguro.

Agora com esses conhecimentos, Agatha argumenta que ela pode ajudar a diminuir a defasagem de noção sobre tecnologias disruptivas no Congresso dos EUA e também atuar para a regulamentação do novo mercado.

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A candidata diz que quer “trazer de volta a indústria das criptomoedas para os Estados Unidos”.

A justificativa é que as políticas regulatórias têm afastado as empresas de blockchain do solo americano, o que acaba privilegiando aquelas que já fazem parte do monopólio tecnológico.

E é nesse ponto que ela sustenta que o Congresso precisa de uma pessoa que realmente conheça o mercado. Segundo ela, todos sofrem com a falta de compreensão sobre as criptomoedas, bem como sua relevância global.

“Seu apoio vai ajudar a eleger alguém que entende a importância dessa tecnologia inovadora e que os EUA não podem deixar para trás”, escreveu, a candidata que além de Bitcoin, também aceita como doação as criptomedas Bitcoin Cash, Ethereum, Litecoin e USD Coin. 

Agatha acredita que a nova tecnologia é a chave para a construção de ferramentas confiáveis e democráticas e que as criptomoedas são essenciais para o futuro.


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