Nos últimos anos, a tecnologia blockchain tem sido considerada uma solução inovadora para enfrentar os desafios de segurança e transparência nos processos eleitorais.
A mesma tecnologia que sustenta criptomoedas como o Bitcoin vem sendo proposta para garantir a integridade dos votos e permitir auditorias mais robustas.
No entanto, apesar do entusiasmo em torno dessa possibilidade, críticas surgem em relação à sua aplicabilidade, segurança e inclusão digital.
Aqui no Brasil, já temos uma tecnologia de votação que assegura a lisura do pleito, já nos Estados Unidos, o sistema usado ainda é bem analógico.
Quais são os benefícios da blockchain nas eleições?
A proposta de utilizar blockchain em eleições parte da sua capacidade de oferecer transparência, segurança e acessibilidade. Essas características fundamentais da tecnologia têm o potencial de transformar a maneira como as eleições são realizadas.
Imutabilidade e Segurança
Uma vez registrado, um voto em blockchain não pode ser alterado ou removido. Isso significa que a manipulação dos resultados seria praticamente impossível, a menos que todos os nós da rede fossem comprometidos.
Acessibilidade
A adoção da blockchain poderia facilitar a votação remota, permitindo que os eleitores participem de qualquer lugar com acesso à internet. Isso seria especialmente benéfico para eleitores com mobilidade reduzida ou para aqueles que vivem em áreas remotas ou no exterior.
Transparência
A blockchain permite que cada voto seja rastreado e auditado em tempo real, sem comprometer o anonimato dos eleitores. Isso possibilitaria uma contagem de votos mais transparente, onde qualquer pessoa, ou grupo de auditoria, poderia verificar o processo sem interferir no sistema.
Para finalizar, a tecnologia blockchain oferece um grande potencial para melhorar a segurança e a transparência dos processos eleitorais.
No entanto, os desafios técnicos, sociais e regulatórios ainda precisam ser superados antes que essa tecnologia possa ser amplamente adotada.
É fundamental que haja um debate aberto e transparente sobre os benefícios e os riscos da blockchain em eleições, envolvendo especialistas em tecnologia, cientistas políticos, e a sociedade civil.
Sobre o autor
Antônio Júnior é CEO e fundador do Allintra, aplicativo para investimento em criptomoedas, que tem como objetivo democratizar o acesso ao mercado de criptoativos.