BlackRock adiciona seu fundo de Bitcoin recordista aos portfólios modelo

Maior gestora de ativos do mundo está adicionando uma alocação de 1% a 2% de IBIT aos portfólios para investidores que toleram mais riscos
blackrock etf de bitcoin IBIT

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A BlackRock está incluindo o iShares Bitcoin Trust (IBIT) em suas ofertas de portfólios modelo, confirmou a gigante da gestão de ativos ao Decrypt na sexta-feira (28).

A maior gestora de ativos do mundo está adicionando uma alocação de 1% a 2% de IBIT aos portfólios Target Allocation with Alternatives e Target Allocation with Alternatives Tax-Aware, que são voltados para investidores com maior tolerância ao risco.

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“Os modelos Target Allocation with Alternatives investem em todo o espectro de risco e alocam recursos em um núcleo de ações e títulos, além de investimentos alternativos líquidos”, escreveu um porta-voz da BlackRock em um e-mail ao Decrypt. “A inclusão do IBIT nesses portfólios como um elemento de diversificação está alinhada com os objetivos de investimento desse modelo, já que os portfólios Target Allocation with Alternatives são projetados para investidores com um orçamento de risco mais alto e um objetivo de crescimento.”

As adições afetaram uma pequena parte dos portfólios Target Allocation with Alternatives da BlackRock, disse o porta-voz.

Ainda assim, o fundo pode impulsionar uma nova demanda pelo ETF. Também reflete a crescente aceitação dos ativos cripto pelas finanças tradicionais, impulsionada pelo aumento da demanda do mercado por esses produtos. Portfólios modelo, que oferecem estratégias pré-fabricadas para consultores financeiros, vêm crescendo rapidamente nos últimos anos. O CEO da BlackRock, Larry Fink, já foi um cético em relação às criptomoedas, mas desde então tornou-se mais otimista sobre o Bitcoin.

“É mais um passo para trazer o Bitcoin ao investimento mainstream”, escreveu o analista do ETF.com, Sumit Roy, em uma mensagem ao Decrypt. “O IBIT já foi um sucesso estrondoso – esse movimento pode aumentar ainda mais a demanda pelo fundo.”

O IBIT, que estreou em janeiro de 2024 junto com outros nove fundos de rastreamento de Bitcoin (um 11º fundo começou a ser negociado mais tarde no ano), atingiu US$ 60 milhões em ativos sob gestão mais rápido do que qualquer outro ETF na história de 32 anos da indústria.

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Nos últimos sete dias de negociação, o IBIT perdeu mais de US$ 1 bilhão em ativos, em meio à queda do mercado cripto provocada por preocupações com picos de inflação e outras incertezas macroeconômicas. Ainda assim, o fundo mantém cerca de três vezes mais ativos sob gestão do que seus maiores concorrentes.

Os fundos de Bitcoin à vista possuem, coletivamente, cerca de US$ 90 bilhões em ativos sob gestão, mesmo após registrarem saídas superiores a US$ 2,4 bilhões nos últimos sete dias de negociação.

O Bitcoin estava sendo negociado recentemente acima de US$ 84.000, uma alta de cerca de 8% em relação à mínima da noite anterior, abaixo de US$ 79.000, mas ainda distante de sua máxima histórica acima de US$ 108.000, registrada em meados de janeiro. No último mês, a criptomoeda caiu 13%.

Roy, do ETF.com, disse que a demanda pelo IBIT resultante das mudanças nos portfólios modelo ainda é incerta. “Os fluxos incrementais reais para o IBIT podem estar na casa dos milhões, em vez de bilhões”, afirmou.

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Em outras palavras, pelo menos no curto prazo, essa mudança pode ter mais significado simbólico do que um impacto significativo nos fluxos de capital.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.