Bitcoin registra sua menor dominância de mercado desde 2018

A participação do bitcoin na capitalização total do mercado cripto é a menor em anos: 37,6%
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A dominância de mercado do bitcoin (BTC) continua despencando e, atualmente, está no seu nível mais baixo em anos. De acordo com dados do site CoinGecko, hoje está em 37,6%.

A última vez em que estava tão baixo foi em 2018, durante o ciclo de baixa, quando caiu para 33%.

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A dominância de mercado se refere à participação de uma criptomoeda na capitalização total do mercado cripto.

Agora, toda a capitalização do mercado cripto está em US$ 2,3 trilhões. Já a capitalização de mercado do bitcoin está em US$ 871 bilhões (uma queda em comparação a novembro, quando estava em US$ 1,27 trilhão).

O motivo para a grande queda é simples: investidores estão analisando o amplo mercado e investindo em altcoins, ou seja, criptomoedas alternativas ao bitcoin.

Alex Krüger, trader e analista cripto, disse ao Decrypt que “existe pouca demanda pelo bitcoin” de investidores do varejo no momento.

Segundo ele, investidores do varejo não estão interessados no bitcoin porque não é o tipo de investimento com o qual novatos ao mercado cripto irão “enriquecer”.

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Por outro lado, compradores institucionais, como MicroStrategy, Tesla ou Square, ainda podem se beneficiar de grandes aquisições de bitcoin como uma proteção contra a inflação do dólar americano.

Porém, altcoins tendem a ser investimentos mais atrativos para aqueles que buscam por ganhos maiores e mais rápidos. Por exemplo, a criptomoeda de meme Safemooon, considerada por alguns críticos como um esquema de Ponzi, subiu 68,3% na última semana.

Na verdade, a criptomoeda de melhor desempenho em 2021 estava longe de ser o bitcoin. Investidores buscavam por criptomoedas de meme, baseadas em piadas e cultura da internet, que explodiram em valor.

Por exemplo, Shiba Inu (SHIB), o clone da Dogecoin (DOGE), subiu 42.349.900% entre janeiro e dezembro de 2021. O valor crescente de tais moedas ajuda a explicar a diluída participação de mercado do bitcoin.

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Da mesma forma, o crescimento dos mercados de Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na sigla em inglês) e de tokens não fungíveis (ou NFTs), que não existem no blockchain Bitcoin, também ajudaram a fomentar o auge das criptomoedas adversárias.

O termo DeFi se refere a projetos que querem automatizar serviços bancários enquanto NFTs (que se tornaram bastante populares entre celebridades) estão facilitando a compra e venda de arte e música via redes blockchain.

Tanto DeFi como NFTs são mais presentes na rede Ethereum.

Ether (ETH), a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, possui uma participação de mercado de 18,7%. Sua dominação está subindo lentamente desde o quarto trimestre de 2019 conforme investidores se tornam mais interessados em DeFi e NFTs.

O crescimento desses mercados também ajuda a explicar o auge do Solana, um blockchain que visa competir com a Ethereum. O preço do SOL, a criptomoeda nativa do Solana, disparou mais de 11.000% no último ano e se tornou o quinto maior criptoativo por capitalização de mercado.

No entanto, tanto o bitcoin como o ether tiveram inícios lentos em 2022 em termos de preço. Os dois maiores criptoativos caíram 33,7% e 23,6%, respectivamente, de suas altas recordes registradas em 2021.

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*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.