O Bitcoin é “essencialmente inútil”. Esta é uma das conclusões do novo relatório divulgado pela Capital Economics, conforme apurou o portal CCN. Segundo os analistas da consultoria inglesa, o bitcoin, apesar de criptomoeda número 1 do mundo, terá desempenho inferior ao de ações e títulos de dívida.
A consultoria verificou que o preço da moeda digital passou a estar mais correlacionado ao das ações, especialmente depois que a cotação da criptomoeda passou a apontar tendência de baixa. Um dos espelhos é o S&P 500, que representa uma boa parcela do mercado acionário americano. No entanto, o estudo indica que o movimento seja uma mera coincidência.
“A correlação do bitcoin com os preços das ações se fortaleceu recentemente, mas achamos que isso é apenas temporário. Ainda achamos que ele é essencialmente inútil, o que significa que é provável que ele seja muito pior do que outros ativos nos próximos meses ”, afirmou a Capital, segundo a CNBC, que também repercutiu o relatório.
“Esperamos que os mercados acionários caiam à medida que os investidores pressionem para o fato de que o aumento das taxas de juros nos EUA desacelerará o crescimento econômico. Mas o principal fator a reduzir o preço da principal criptomoeda provavelmente será a percepção de que ele simplesmente não é confiável a longo prazo como alternativa às moedas convencionais”, completou a consultoria.
Ceticismo e relação ao Bitcoin
A Capital Economics é tradicionalmente cética em relação ao Bitcoin. Seu principal argumento, manifestado no atual relatório e também em comunicados anteriores, é o de que a tecnologia não cumpre a função das moedas tradicionais. Para a consultoria, a criptomoeda deveria funcionar como meio de pagamento – mas os investidores seguem mais motivados pela possibilidade de valorização do que para usá-la adquirir bens e serviços. Para eles, o Bitcoin também não funciona como unidade de valor (referência para determinar preços) ou reserva de valor.
A posição da Capital Economics levanta críticas. O problema é a consultoria encarar o Bitcoin como um mero meio de pagamento. “Mesmo aqueles que não esperam que o bitcoin substitua do dinheiro fiduciário apostam na moeda no longo prazo”, reforçou a reportagem da CCN.
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