Bitcoin é uma “diversificação valiosa” para portfólios, diz diretor da BlackRock

Jay Jacobs explicou que, historicamente, a probabilidade de retornos positivos é grande para quem mantém Bitcoin por mais de três anos
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Jack Jacobs, da BlackRock, no evento Digital Assets Conference Brazil

Jay Jacobs, chefe de ETFs temáticos e ativos da BlackRock, enalteceu as duas maiores criptomoedas do mercado durante a primeira edição do Digital Assets Conference Brazil, evento que aconteceu em São Paulo na tarde de quinta-feira (3), promovida pelo MB (Mercado Bitcoin) em parceria com o CME Group, Fireblocks, e Deribit.

Em sua fala, Jacobs destacou o amadurecimento da infraestrutura dos ativos digitais, bem como o aumento nos financiamentos em inovações em blockchain, além da evolução do ambiente regulatório.

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“A infraestrutura amadureceu muito nos últimos cinco anos, permitindo que os ativos digitais ganhem adoção mais ampla por investidores ao redor do mundo”, observou.

Jacobs apontou que, apesar do crescimento generalizado dos ativos digitais, a BlackRock continua focando seus esforços em Bitcoin e Ethereum, que juntos representam cerca de 75% da capitalização de mercado do setor. 

Sobre o papel do Bitcoin em um portfólio, Jacobs disse que o ativo é visto como uma alternativa líquida que se comporta de maneira diferente dos ativos tradicionais, ajudando a reduzir o risco e aumentar o retorno potencial, o que ele chamou de “diversificação valiosa”.

Jacobs ressaltou que o Bitcoin deve ser encarado como uma alocação de longo prazo, em vez de uma busca por ganhos rápidos e momentâneos. Ele explicou que, historicamente, a probabilidade de retornos positivos aumenta significativamente para quem mantém o ativo por mais de três anos.

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“O Bitcoin pode ter grandes oscilações no curto prazo, mas quem consegue manter a longo prazo tem uma chance muito maior de ver retornos positivos. Não é uma aposta tática, mas uma alocação de longo prazo”, afirmou.

Com o crescente interesse dos investidores institucionais, a BlackRock acredita que o espaço para criptoativos continuará a evoluir, com mais instituições procurando entender e adotar esses ativos em seus portfólios. A jornada de aprendizado, segundo Jacobs, ainda está no início, mas a demanda por conhecimento e acesso a esses ativos digitais não para de crescer.

O executivo destacou o papel do Bitcoin como ativo de risco que pode ser impulsionado em períodos de incertezas geopolíticas. “Estamos observando mais riscos geopolíticos e um declínio na confiança em instituições, o que exacerba a necessidade de uma alternativa monetária global”, disse Jacobs.

Ethereum, na visão dele, se mostra como um ecossistema tecnológico promissor. Ele destacou também que as criptomoedas estão sendo adotadas mais rapidamente do que tecnologias revolucionárias anteriores, como a internet e os celulares, por exemplo.

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De acordo com Jacobs, estamos vivendo em uma economia mais digital do que nunca, com mais pessoas consumindo e comprando conteúdo digital, o que naturalmente leva à adoção de ativos digitais para facilitar essas transações.

Ele mencionou as mudanças demográficas e os trilhões de dólares que serão herdados pelo millenials, que ele descreveu como a geração mais conectada às moedas digitais.

“O diferencial dos millennials é que eles são a primeira geração a crescer totalmente no mundo digital, com a internet e computadores. Isso significa que eles entendem e adotam mais facilmente as criptomoedas”, explicou, destacando que esses investidores serão essenciais para o futuro desta classe de ativos.

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