“Acho que o bitcoin como reserva de valor é melhor do que o ouro”, disse no domingo (10) no Twitter o fundador e CEO do Mercado Livre, Marcos Galperin. Para ele, contudo, a criptomoeda não deve substituir as moedas fiduciárias de curso legal por conta do custo de eletricidade envolvido no sistema.
A fala de Galperin foi uma resposta ao usuário Arameos, que, num tuíte perguntou, o que o executivo achava do bitcoin e se já havia comprado alguma criptomoeda.
Após enaltecer o bitcoin, Galperin também arriscou uma previsão a afirmar que a “computação quântica pode mudar isso”, ou seja, a necessidade de grande poder computacional para emissão de bitcoin.
Ele também não hesitou em sugerir que no atual momento político em que vivem os EUA tudo é possível, com a frase: “Agora, em um mundo onde os vikings invadem o Capitol …”.
Arameos, que desde o início se declarou fã de Galperin, agradeceu a resposta e disse que um dia espera o encontrar pessoalmente.
Bitcoin e Ouro
Tanto o ouro quanto o bitcoin são considerados como reserva de valor. O ouro, tradicionalmente; o bitcoin, mais recentemente por boa parte de empresários e investidores disruptivos.
Apesar do ouro estar acima de qualquer ativo com uma segurança a longo prazo, o bitcoin vem se destacando, justamente por ter uma das qualidade do metal precioso, a escassez.
Quando Satoshi Nakamoto criou a criptomoeda, ele considerou apenas 21 milhões de unidades de bitcoin. Logo, uma pequena parcela da população mundial vai poder ter 1 BTC no futuro, assim como é o mercado do ouro.
Na semana passada, ao citar o bitcoin como o “astro” do mercado diante do dólar e do ouro, o presidente do Mises Brasil, Hélio Beltrão, ‘desenhou’ a escassez do metal:
“Todo o estoque do metal acima do solo perfaz um cubo com apenas 21 metros de altura, que cresce pouco mais que 1% ao ano”.