O bitcoin superou a máxima anterior e registrou um novo recorde ao ser negociado a R$ 324.738 no Brasil na tarde desta quarta-feira (10), segundo dados do Índice de preço do bitcoin.
O movimento de alta foi retomado no dia 1 de março, após uma queda de quase 25% que derrubou o preço de R$ 320 mil para R$ 250 mil. Desde então, a criptomoeda acumula valorização de 30%. No ano, o acumulado é de 113%.
A forte desvalorização do real nos últimos dias contribuiu para a alta do bitcoin no brasil, já que em dólar o bitcoin bateu US$ 57.400, ficando ainda US$ 1000 distante da máxima, registrada em 21 de fevereiro.
Um dos catalisadores para a recente retomada do preço foi o pacote de estímulo de US$ 2 trilhões do governo americano. “Acreditamos que há uma boa chance de que pelo menos parte desse dinheiro vá para o bitcoin – ou talvez até outras altcoins”, disse Jason Deane, analista de Bitcoin da Quantum Economics, ao Decrypt.
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Uma das principais razões para essa linha de pensamento é o apelo do Bitcoin como uma proteção contra a inflação. O declínio no valor do dólar americano tem sido bom para o caso de investimento do Bitcoin como ouro digital, um ativo que não pode ser desvalorizado por um governo que intervenha para imprimir mais.
Outro dado interessante é que, apesar da queda recente, que fez o preço recuar próximo aos US$ 43 mil, os novos compradores não entraram em pânico nas vendas durante a correção, indicando uma confiança crescente nas perspectivas de longo prazo da moeda.
A entrada de grandes investidores institucionais também é o que vem movendo o mercado desde o final do ano passado. O mais relevante é a empresa americana de bussiness inteligence MicroStrategy, que comprou mais de 90 mil bitcoins nos últimos meses e foi uma dar responsáveis por incentivar a compra de US$ 1,5 bilhão em bitcoin da Tesla, de Elon Musk.
Além desses, empresas como Paypal e diversos fundos internacionais também começaram a oferecer investimentos em bitcoin aos seus milhões de clientes.