A notícia de que o governo russo não vai banir as negociações de criptomoedas sustenta o Bitcoin e o mercado de criptomoedas nesta quinta-feira. O governo da Rússia e o banco central do país chegaram a um acordo sobre como regulamentar os criptoativos, e a previsão é que um projeto de lei seja apresentado em 18 de fevereiro. No Brasil, o BTC era cotado a R$ 233.161,46, mostra o índice do Portal do Bitcoin.
“O que torna essa decisão ainda mais importante é que o banco central também está a bordo”, disse em newsletter Edward Moya, analista sênior de mercado da OANDA nas Américas. Segundo o jornal local Kommersant, a nova legislação incluiria criptomoedas na mesma estrutura regulatória de moedas estrangeiras.
A criptomoeda com maior capitalização de mercado era cotada a US$ 44.459 às 7h15 de Brasília, com alta de 2,3% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum avançava 3,6%, negociado a US$ 3.233 no mesmo período. A taxa de dominância do Bitcoin se mantém em 40%, comparada a 20% do Ethereum. Já o token LEO, da Bitfinex, que disparou mais de 50% na quarta-feira, mostrava baixa de 12% nas últimas 24 horas.
Outros destaques
BlackRock: A maior gestora de ativos do mundo estuda oferecer um serviço de negociação de criptomoedas a clientes investidores, segundo três pessoas com conhecimento dos planos. A empresa, que administra mais de US$ 10 trilhões em ativos para instituições, planeja entrar no espaço cripto com “negociação de suporte ao cliente e depois com sua própria linha de crédito”, disse uma das pessoas ao CoinDesk. Em outras palavras, os clientes poderiam fazer empréstimos com a BlackRock oferecendo criptoativos como garantia.
Onda de compras: O valor das fusões e aquisições no setor de criptomoedas deu um salto de 4.846% em 2021, segundo relatório da PwC. O valor médio dos acordos subiu de US$ 52,7 milhões para US$ 179,7 milhões, impulsionado em parte pelas chamadas empresas de cheque em branco, ou SPACs. Os cinco principais investidores por número de acordos foram AU21, Genesis Block Ventures, Genblock Capital, Coinbase Ventures e Moonwhale.
Regulação e CBDCs
Cripto na mira da CFTC: O presidente da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês), Rostin Behnam, pediu na quarta-feira ao Congresso dos EUA autoridade para que sua agência possa regular criptomoedas como o Bitcoin, mostra o WSJ. Segundo ele, o “fervor especulativo” em torno desses ativos cria a necessidade de proteger os investidores.
Estudo do FMI: Para o Fundo Monetário Internacional, não há uma abordagem universal para o desenvolvimento de moedas digitais de bancos centrais, mas os países devem se concentrar na estabilidade financeira e na privacidade. Em comunicado publicado na quarta-feira, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse que não há um modelo universal para CBDCs “porque cada economia é diferente”. Segundo o FMI, cerca de 100 países estão explorando CBDCs em um nível ou outro. O Fundo publicou um estudo destacando as experiências de seis bancos centrais na liderança.
CBDC da Zâmbia: O banco central do país espera concluir pesquisas até o quarto trimestre sobre a criação de uma moeda digital que possa reduzir custos de transação e aumentar a participação no sistema financeiro formal. Mas a autoridade monetária alertou no início deste mês que pessoas que querem negociar criptomoedas devem entender “todos os riscos que acompanham esses instrumentos de pagamento e investimento”.
Críticas ao prefeito de NY: A Lex Newsletter do Financial Times destaca a resistência enfrentada por Eric Adams para avançar seu plano de tornar a cidade um hub das criptomoedas. Letitia James, procuradora-geral do estado de Nova York, apertou o cerco contra o setor e fechou várias empresas de trading e empréstimos de criptomoedas não registradas. Quando questionado sobre o impacto ambiental da mineração de Bitcoins em audiência sobre o orçamento na quarta-feira, Adams minimizou seu apoio: “Eu apoio as criptomoedas, não a mineração de criptomoedas”, segundo reportagem do New York Times.
Mineração na UE: Reguladores da Suécia estão preocupados com a possibilidade de a energia renovável ser usada para minerar criptomoedas como Bitcoin em vez de ser canalizada para uso público e defendem a proibição da atividade no bloco. Políticos na Alemanha, Espanha e Noruega apoiam essa visão.
Boom cripto na Sibéria: Estimulados por eletricidade barata e hardware chinês, indivíduos na região têm minerado criptomoedas em ritmo acelerado. Artigo do Financial Times analisa o impacto dos planos da Rússia para a regulação desse mercado. Em vez de banir as criptomoedas, o governo russo optou pela regulamentação, legitimando uma classe de ativos de US$ 2 trilhões na 11ª maior economia do mundo.
Emissão de El Salvador: A emissão inicial de US$ 1 bilhão em títulos de Bitcoin de El Salvador ocorrerá entre 15 e 20 de março, disse na terça-feira o ministro das Finanças, Alejandro Zelaya. Em entrevista ao programa de TV salvadorenho “Frente a Frente”, Zelaya disse que o título, com cupom de 6,5%, será lançado no Liquid, um serviço baseado em Bitcoin criado pela Blockstream.
Segurança
Na trilha dos Bitcoins roubados: Autoridades do governo americano revelaram detalhes da apreensão de US$ 3,6 bilhões em Bitcoins roubados relacionados à invasão da Bitfinex em 2016. Heather Morgan, 31 anos, e seu marido, Ilya Lichtenstein, 34, acusados de lavagem de dinheiro com criptomoedas, transferiam os fundos roubados por meio de sites como o AlphaBay, que opera na dark web, e usavam serviços chamados “mixers” para dividir as transações e dificultar seu rastreio.
Financiamento militar: Um novo relatório da Elliptic dá detalhes de como ONGs e grupos de voluntários estão usando criptomoedas para operações militares da Ucrânia contra a Rússia. A Elliptic afirma que doadores estão usando Bitcoin para canalizar fundos para tais ONGs, evitando bancos e instituições financeiras que possam bloquear pagamentos.
Metaverso, Games e NFTs
Aposta em NFTs: Análise do Valor Investe destaca que investidores estão cada vez mais de olho em tokens não fungíveis, que movimentaram US$ 41 bilhões no ano passado. O artigo cita as opções oferecidas pelo Mercado Bitcoin, que investiu em três iniciativas focadas na categoria do token: Block4, tropix.io e FingerprintsDAO.
NFT da Alfa Romeo: Ao lançar o SUV Tonale, a Alfa Romeo afirma que é a primeira do setor a conectar cada veículo ao seu próprio token baseado em blockchain, que pode acompanhar todo o ciclo de vida do carro. O Tonale NFT da Alfa Romeo certifica um veículo no momento da compra e, em seguida, registra e mantém os dados durante a vida útil do carro.
NFTs feministas: O Dia da Mulher, celebrado em 8 de março, será recebido com a exibição de uma coleção Boss Beauty Role Models de NFTs feitos por mulheres artistas. Além da venda dos NFTs, durante a data serão exibidas imagens da coleção, palestras e discussões sobre temas feministas. O evento contará com o apoio da consultoria 5th Element Group.
Esportes
Santos do Mundo: Ao longo deste e do próximo ano, o Santos planeja lançamentos estratégicos em diversas áreas, desde lojas físicas, digitais e no metaverso, este em constante expansão. Dentre os lançamentos, estão conteúdos em Stream, novo aplicativo do clube e uma plataforma própria de NFTs. O clube vai explorar a carreira de atletas que ajudaram a construir a história do Santos, como Pelé e Neymar.