Após um início de quarta-feira (1º) marcado pela estabilidade e manutenção do patamar de U$ 31 mil, o Bitcoin (BTC) despencou no meio da tarde: a principal criptomoeda registra queda de 5,8%, conforme mostra o indexador Coingecko, com a cotação em U$ 30.127.
O mercado parece ter sentido as declarações pessimistas de CEO do banco JPMorgan Chase, Jamie Dimon, durante uma conferência nesta quarta-feira, além de uma sequência de balanços em baixa de empresas nos EUA. O executivo de um dos maiores bancos dos Estados Unidos disse que crise econômica global está vindo, resta saber a intensidade.
“Nós estamos nos preparando. Tem um furacão vindo, logo adiante na estrada e está vindo na nossa direção. Nós não sabemos se é um tempestade menor ou se é um Superfuracão Sandy [referência a um ciclone que causou destruição e mortes em países da América Central e Estados Unidos em 2012]”, disse Dimon, conforme aponta reportagem do portal americano The Motley Fool.
O CEO do JPMorgan Chase fez referências às consequências econômicas da guerra na Ucrânia, a alta no preços dos combustíveis e ao número decrescente de empresas de capital aberto.
Recorde de quedas
No dia 25 de maio, o bitcoin (BTC) bateu, pela segunda semana seguida, o recorde de semanas consecutivas de quedas, ao atingir oito semans consecutivas de recuo.
Após registrar US$ 31,3 mil no dia 16 de maio, o bitcoin encerrou a segunda-feira (23) em US$ 30.287, segundo dados da Bitstamp. Nesta quarta-feira (25), o preço da criptomoeda é de US$ 29.364.
Antes do recorde de sete semanas consecutivas no vermelho ser registrado na semana passada, o recorde anterior de semanas consecutivas de queda era seis, durante o mercado de baixa do bitcoin em 2014. Naquela época, o ativo havia caído de US$ 507 para US$ 323, entre 25 de agosto e 6 de outubro.
A tendência negativa deste ano começou no fim de março, após uma alta de US$ 46,9 mil registrada em 28 de março, quando o Terra anunciou que pretendia comprar US$ 10 bilhões em bitcoin para as reservas de sua stablecoin.