A queda no mercado de criptomoedas continua com força nessa segunda-feira (6). Entre as principais criptos quase todas seguem movimento de baixa, várias perto dos 10% negativos e algumas ultrapassando a barreira dos dois dígitos.
Mãe de todas, o Bitcoin (BTC) acumula perda de quase 4% nas últimas 24 horas, conforme mostra o Coinmarketcap, sendo cotado a US$ 47.634,15 no momento da produção desse texto – o acumulado de queda nos últimos sete dias já é de 16,96%.
Já o Ethereum tem queda de 6,03% e vale US$ 3.957,47, com um acumulado de 8,30% de perdas na semana.
Fora dos dois gigantes o cenário continua péssimo. Binance Coin (BNB) tem queda de 4,38%, Cardano (ADA) de 7%, Dogecoin (DOGE) 8,47% e XRP (XRP) 8,45%.
Mais assustador é o grupo que acumula uma queda de dois dígitos nas últimas 24 horas. Não é uma comunidade seleta: Polkadot (DOT) caiu 11,26%, Terra (LUNA) 18,79%, Avalanche (AVAX) 13,82, Shiba Inu (SHIB) 11,24%, Crypto.com COin (CRO) 13,20%, Polygon (MATIC)19,14% e Litecoin 10,59%.
Flor no concreto
Uma alta entre as 20 criptomoedas com maior valor de mercado você só encontra em um local neste momento. A Algoraland (ALGO) subiu 2,01% nas últimas 24 horas.
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Definição no Coinkmarketcap afirma que á “Algorand é uma rede autossustentável, decentralizada, baseada em blockchain que suporta uma ampla gama de aplicativos. Esses sistemas são seguros, escaláveis e eficientes, todas as propriedades críticas para aplicações eficazes no mundo real. Algorand suportará cálculos que requerem garantias de desempenho confiáveis para criar novas formas de confiança. A mainnet da Algorand foi lançada em junho de 2019, e conseguiu lidar com quase 1 milhão de transações por dia considerando dezembro de 2020”.
Motivos para a queda
Com a prolongada queda do Bitcoin, especialistas buscam entender o que está fazendo o ativo perder valor. O analista de criptomoedas e experiente trader, Marcel Pechman, publicou no sábado (04) em seu canal no Youtube, RadarBTC Bitcoin & Criptomoedas, uma análise da queda recente do bitcoin.
Segundo o analista, desta vez ocorreu uma queda específica do bitcoin que só pode ser explicada depois de algumas observações sobre a última alta histórica que ocorreu em 10 novembro deste ano, quando o BTC rondou a casa dos US$ 69 mil.
Naquela ocasião, disse Pechman, o bitcoin já vinha forte, motivado pelo lançamento de um ETF de Bitcoin, pela projeção da inflação americana e pela eminente continuidade dos pacotes de estímulos à população evidenciada pelo então presidente eleito dos EUA, Joe Biden.
“Naquele momento todo mundo estava achando que o bitcoin iria subir sem parar”, ressaltou.
No entanto, o BTC parou de subir quando a SEC rejeitou o pedido de registro de ETF de Bitcoin “físico” da gestora de investimentos americana VanEck. Foi então que a tendência de queda começou, disse Pechman, citando a data de 12 de novembro.
A situação desfavorável acentuou ainda mais quando os reguladores e congressistas começaram a pautar assuntos relacionados à regulação das criptomoedas e empresas do setor, basicamente com o intuito de limitar a emissão de stablecoins. O Congresso americano agendou então uma audiência com empresas do setor após notificações com pedido de informações sobre as stabelcons.