O Bitcoin segue em tendência de queda com o aumento da repressão chinesa e caiu 8,85% nesta terça-feira (22) quando chegou abaixo dos US$ 30 mil. É o menor preço desde janeiro, segundo dados do índice do Coindesk.
Em Real, a situação é similar: o ativo digital atingiu R$ 151.693,90, conforme o índice de Preço do Bitcoin no Brasil. É o menor valor desde o dia 2 de janeiro deste ano. A queda no Brasil é de 9,25%.
O Bitcoin já recuou mais 50% desde sua máxima histórica de US$ 63 mil, registrada no dia 13 de abril.
Na moeda brasileira, a situação é mais agravante por causa da queda do dólar — cotado a R$ 5,02 hoje, mas que chegou a bater R$ 5,73 em abril.
Repressão chinesa e Elon Musk
Desde o dia 21 de maio, a China vem aumentando a repressão contra as criptomoedas. O que parecia ser uma repetição de avisos anteriores de 2013 e 2017, se tornou algo muito pior.
As atividades de mineração, antes numa zona cinzenta de legalidade, foram diretamente proibidas pelo banco central do país.
Além disso, houve um reforço da normativa de que os bancos não poderiam aceitar negociações com criptomoedas, o que poderá acarretar na dificuldade do cidadão chinês de poder converter seus ativos para a moeda local.
Um outro motivo para a queda é que foi o rompimento com Elon Musk, o criador da Tesla. A empresa do homem mais rico do mundo chegou a comprar US$ 1,5 bilhão em bitcoin no início do ano, o que na época ajudou a fazer o preço do ativo disparar.
A Tesla chegou até mesmo a divulgar que aceitaria bitcoin como pagamento para seus carros. Mais tarde, contudo, Musk mudou de ideia e passou a criticar a moeda por causa do dano ambiental provocado pela mineração.